Fim da Greve: Funcionários aprovam contraproposta da INB

Quimsulf ressalta decisão por maioria em Assembleia

Funcionários aprovam contraproposta da INB - Divulgação (3)
Funcionários aprovam contraproposta da INB – Divulgação

Março, 2017 – Por decisão por maioria dos votos, os funcionários das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) aprovaram contraproposta apresentada pela direção da empresa sobre Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2017, colocando fim a greve que paralisou as atividades, durante uma semana, na Unidade Resende. A decisão foi tomada em votação realizada na última sexta-feira, dia 24 de março, em Assembleia Geral comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Sul Fluminense (QUIMSULF).

– Após uma semana de paralisação, a empresa entrou em contato com o QUIMSULF informando uma nova contraproposta, que desta vez, reduziu em apenas um coordenador da proposta que havia sido rejeitada no dia 21 de março – explica o diretor de Relações Trabalhistas do QUIMSULF, Roberto Silveira.

Conforme explica o diretor, a nova contraproposta da INB foi colocada em votação, por aclamação da Assembleia, já que a mesma era apenas para tratar de informativo sobre a greve. O QUIMSULF mesmo considerando a proposta aquém das metas pleiteadas, respeitou a decisão dos funcionários e colocou em votação. Com a presença de funcionários de vários seguimentos, como engenheiros, advogados, administradores, contadores, secretárias, entre outros, lotados na Unidade de Resende – que reúne 726 funcionários, 55% do total de funcionários da INB –, a contraproposta foi aprovada por maioria dos presentes.

A greve da INB, aprovada por maioria, foi iniciada na zero hora de segunda-feira, dia 20, seguindo todos os princípios legais. Por se tratar de uma empresa que atende a Eletronuclear (Angra 1 e 2), os trabalhos não foram paralisados totalmente, portanto, os operadores foram mantidos para garantir a segurança do local. Apenas 15% dos trabalhadores essenciais ficaram a disposição da empresa, em comum acordo com o QUIMSULF.

Diretor de relações trabalhistas do QUIMSULF, Roberto Silveira (1)
Diretor de relações trabalhistas do QUIMSULF, Roberto Silveira.

A decisão da Assembleia é soberana, e desta forma ficou definido o fim da greve, com a aprovação da contraproposta: reajuste de 7%, retroativo a 1° de novembro de 2016; concessão de três créditos no cartão alimentação (no total, cerca de R$ 2.350,00); concessão progressão salarial de um estágio na Tabela Salarial de 1° de novembro de 2016, a partir de agosto de 2017, cujo salário seja de até R$ 9.361,00 (aproximadamente 86% do efetivo); Auxílio Óculos no valor de R$ 350; troca de turno de 10 para 15 minutos; reembolso ortodôntico de 18 para 30 meses; um coordenador de livre nomeação, sendo obrigatória a comprovação da qualificação técnica do profissional a ser indicado; e abono dos dias parados na greve – destaca Roberto Silveira, ressaltando que não cabe mais ajuizar dissídio, já que foi um acordo amigável.

 

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