Imóveis comerciais: Taxa de vacância de 35% é a maior do RJ em sete anos

Levantamento trimestral da consultoria Newmark Brasil aponta ainda que na Zona Portuária quase 90% dos espaços estão desocupados

São Paulo, Maio de 2017 – A unidade brasileira da consultoria imobiliária anglo-americana Newmark Grubb divulgou sua pesquisa trimestral sobre o mercado de escritórios classes A e A+ na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento, a taxa de vacância ficou em 35,1% entre os meses de janeiro e março, a mais alta dos últimos sete anos. Na Zona Portuária da cidade, aponta a consultoria, a vacância atingiu 88,9% dos empreendimentos.

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Edifício Comercial no Centro-RJ, crise econômica no estado atrapalha aluguel de espaços e salas comerciais. Foto: JCC

De acordo com a Newmark Brasil, esse cenário é resultante de uma combinação de fatores que atingiram fortemente à economia do Rio, contraindo fortemente a demanda por espaços de escritórios na cidade, como a crise do setor de petróleo & gás, o caos das finanças estaduais, o encerramento do ciclo olímpico e as dificuldades conjunturais de setores como mineração, telecomunicações e energia.

Segundo o gerente de escritórios da Newmark Brasil no Rio de Janeiro, Gustavo Villela, a entrega de um novo complexo empresarial com três torres, no centro da capital fluminense, bem como a devolução, pela Petrobras, dos prédios Torre Almirante e Castelo, também influenciaram no resultado negativo apurado no trimestre.

De acordo com o executivo da Newmark, até quatro anos atrás o problema do mercado de imóveis comerciais do Rio era de oferta, ou seja, a falta de imóveis, pois a região do Porto, degradada, não tinha como se desenvolver. “A revitalização do Porto trouxe investimentos na construção de novos empreendimentos e hoje impacta no excesso de oferta”, resume Villela.

No tocante aos valores de locação, ressalta Villela, após sucessivas quedas nos preços a média registrada no primeiro trimestre foi de R$ 103,2 por metro quadrado, 3,7% acima do último trimestre de 2016. “Tal fato é decorrente da devolução de espaços em edifícios mais modernos e de padrão superior, que são ofertados a preços pedidos mais elevados”, diz o executivo.

Já na comparação ao mesmo período do ano passado, os valores médios de locação do Rio de Janeiro tiveram queda de 4%. A Zona Sul e a Orla permanecem como as áreas mais valorizadas da cidade, informa a Newmark Grubb Brasil.

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