Ciclovias viram tendência no transporte das principais cidades brasileiras

Enquanto a malha cicloviária cresce em todas as capitais, grandes projetos urbanos, como a Cidade Alpha, preveem que todos os deslocamentos possam ser feitos de bicicleta

Junho, 2017 – Economia de tempo, de dinheiro, menos stress, mais saúde, bom humor, maior produtividade no trabalho e uma boa forma física. Quem não gostaria de aliar todos esses fatores em sua vida, não é mesmo? Pois estes são apenas alguns dos benefícios que a adoção da bicicleta como meio de transporte proporciona. O único ponto contra, infelizmente, é a deficiência das cidades brasileiras em oferecer uma estrutura razoável para os ciclistas, uma realidade que começou a mudar nos últimos anos em alguns dos principais municípios brasileiros e que já está presente em grandes núcleos urbanos, como os projetos Cidade Alpha, feitos pela Alphaville Urbanismo.

Cidade Alpha

A malha cicloviária é valorizada em muitos países, principalmente os mais desenvolvidos. Cidades como Nova York e Berlim possuem cerca de 700 km de ciclovias para atender a população. Em outros locais como Tóquio e Amsterdam, 25% dos trajetos diários de quem se locomove são feitos de bicicleta. Mas não é preciso ir muito longe para ver como pedalar se tornou uma tendência. Em Bogotá, capital da Colômbia, houve um amplo programa governamental nas últimas décadas para valorizar o uso tanto do transporte público como de meios sustentáveis. A cidade, então, ganhou mais 360 km de ciclovias.

No Brasil, hoje, existem mais de 60 milhões de bicicletas e diversos municípios do país despertaram para esta tendência apenas nos últimos anos. Entre 2014 e 2017, a malha cicloviária praticamente dobrou nas capitais do país, de 1,4 mil km para 3 mil km. Ciclofaixas e ciclorotas correspondem hoje a quase 3% da malha viária total dos municípios.

O fenômeno é bem visível em algumas localidades, como nos projetos Cidade Alpha, grandes núcleos urbanos planejados com áreas residenciais, comerciais, empresariais e de serviços. Numa Cidade Alpha, os principais trajetos podem ser feitos de bicicleta, especialmente nos setores de uso misto, realçando o modo de vida sustentável de quem mora e trabalha no local.

“Os projetos Cidade Alpha levam em consideração o que há de mais avançado em planejamento urbano, priorizando modais de transporte alternativos, principalmente aqueles que respeitam o meio ambiente, caso das ciclovias. Numa Cidade Alpha, é possível chegar a qualquer lugar de bicicleta com segurança”, explica Marcelo Willer, diretor presidente da Alphaville Urbanismo, empresa que projeta e desenvolve a Cidade Alpha. Willer também é arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal do Paraná.

Atualmente, existem grandes projetos Cidade Alpha no país. Um dos principais é a Cidade Alpha Ceará, com 19 milhões de metros quadrados, que está se desenvolvendo com bastante rapidez. No Nordeste do país também há a Cidade Alpha Pernambuco, no Grande Recife. Já na região Centro-Oeste existem a Cidade Alpha Planalto Central, entre o Distrito Federal e o estado de Goiás e a Cidade Alpha Goiás, próximo a Goiânia. Os projetos foram inspirados no núcleo urbano Alphaville, entre Barueri e Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.

“A Cidade Alpha busca apresentar para os municípios brasileiros um conceito que se adeque melhor às regiões urbanas: cidades inteligentes, sustentáveis e que ofereçam mais qualidade de vida para as pessoas. Neste sentido, a implantação de ciclovias é fundamental”, completa Willer.

 

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