Estimativa foi realizada após 19ª queda consecutiva do indicador de emprego em setembro
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) projeta o corte de 556 mil postos de trabalho na construção civil brasileira até dezembro de 2015, queda de 16,8% em relação ao mesmo período de 2014. Com isso, o estoque atual de trabalhadores que se mantêm acima de 3 milhões, deve terminar o ano abaixo disso.
A expectativa foi refeita após o nível de emprego recuar 1,76% em setembro na comparação com o mês anterior, segundo dados do Ministério do Trabalho e do Emprego, desconsiderando os fatores sazonais*. Essa é a 19ª queda consecutiva do indicador. Em 12 meses, o número de demitidos em todo País na construção foi de 490,6 mil trabalhadores.
A falta de perspectiva de retomada no cenário macroeconômico deve afetar a atividade em 2016.
“Nunca tivemos um ano como este em que a indústria da construção realiza um volume tão grande de demissões nos primeiros nove meses, período em que normalmente o setor contrata. A falta de confiança dos investidores e das famílias, a escassez de lançamentos imobiliários e a ausência de licitações para novas obras de habitação social e infraestrutura sinalizam que a recessão se prolongará no ano que vem”, comenta o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.
O segmento imobiliário foi o que teve a maior retração (2,35%) em setembro, em comparação a agosto, seguido pelo segmento de preparação de terrenos (2,04%). No acumulado do ano, o segmento de infraestrutura apresenta a maior queda (13,95%), seguido pelo segmento imobiliário (11,92%).
A deterioração do mercado de trabalho afeta todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Centro-Oeste (-1,61%), e no Norte (-1,22%).
Emprego por regiões do Brasil (setembro de 2015)** |
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Região | Variação mensal (%) | Número de novas vagas |
Norte | -1,22 | -2.326 |
Nordeste | -0,88 | -5.707 |
Sudeste | -1,19 | -18.533 |
Sul | -0,72 | -3.358 |
Centro-Oeste | -1,61 | -3.839 |
Brasil (Total) | -1,09 | -33.763 |
**Os dados da tabela consideram os fatores sazonais
Estado de São Paulo
O emprego caiu 1,26% em setembro, já descontada a sazonalidade. No acumulado ano, a redução do número de empregados no estado foi de 7,23% em relação ao mesmo período de 2014, sendo que também a área de infraestrutura respondeu pelo pior desempenho (-9,85%).
Na mesma base de comparação, entre as regionais, Presidente Prudente tem a maior queda, de 27,2%, devido ao fim do ciclo imobiliário e a piora do cenário econômico. Na capital, que responde por 46% do total de empregos no setor, a queda até setembro foi de 7,44%, nessa mesma comparação.
Emprego por regiões do Estado de São Paulo
(setembro de 2015) |
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Região | Variação mensal (%) | Número de novas vagas |
Sede (capital) | -1,45 | -5.419 |
Santo André | -0,94 | -425 |
Campinas | -0,98 | -832 |
Ribeirão Preto | -1,01 | -511 |
Santos | 0,14 | 41 |
Sorocaba | -1,15 | -1.005 |
São José dos Campos | -0,76 | -560 |
Bauru | -1,40 | -351 |
São José do Rio Preto | -1,02 | -312 |
Presidente Prudente | 0,88 | 79 |
*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.
Sobre o SindusCon-SP
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) é a maior associação de empresas do setor na América Latina. Congrega e representa 650 construtoras associadas e 15 mil filiadas em todo o estado. A construção paulista representa 34% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 5,5% do Produto Interno Bruto do Brasil.
Fonte: Assessoria de Imprensa SindusCon-SP