Por Joice Trindade
A programação da Consciência Negra, cuja data alusiva é nesta sexta-feira (20), está sendo marcada por diversas programações voltadas para alunos e comunidade escolar. Até a próxima sexta-feira (27) serão realizadas atividades que visam levar reflexões quanto à importância do papel e história do negro na sociedade.
Antecipando a data, nesta quinta-feira (19), o Ciep Municipalizado Maringá (Campo do Oeste) realizou a culminância do projeto Consciência Negra, com exposição de trabalhos como fotografia e máscaras referentes a 440 países da África. Cerca de 500 alunos das turmas do 6º ao 9º ano apresentaram as atividades artísticas que foram alvos de elogios de cerca de 1 mil alunos da unidade.
O evento foi marcado ainda pelo concurso Beleza Negra em que os participantes foram avaliados segundo quesitos como simpatia, originalidade e criatividade. Entre as mais animadas estavam as alunas Adrielly de Oliveira, 16 anos, Assíria Souza, 14 anos e Gabriela Montes, 15 anos. “Gostei de fazer parte de toda a programação. Pesquisamos sobre a África, em especial a Angola, produzimos cartazes, murais , adereços e máscaras. Esta semana é muito importante”, afirmou Adrielly. Esbanjando charme e simpatia, elas fizeram questão de colocar roupas, colares e adereços que lembram a África. “Este desfile será inesquecível”, contou Assíria, que tinha torcida organizada.
Para os professores do Ciep Maringá, Gabriel Laurindo e Douglas Rodrigues, a programação serviu para trocar experiências e reforçar o processo de ensino junto aos alunos sobre a questão que enfoca a Africanidade .
Programação – As atividades voltadas para o mês da Consciência Negra foram marcadas em unidades municipais variadas. Entre elas estão Neuza Goulart, Colégio de Aplicação (CAp), que desenvolveu a V Mostra Cultural de Diversidade Étnica Racial.
O Ciep Municipalizado Oscar Cordeiro também ministrou palestra sobre o tema. Já a Escola Municipal Parque Maria Angélica agitou a unidade com o desfile “A mais bela negra da escola”. A Escola Municipal Aroeira também desenvolveu a ação. A unidade municipal Professora Maria Isabel Damasceno Simão ministrou a palestra “Pérolas Negras”.
Na lista de escolas também estão o Colégio Municipal Elza Ibrahim ministrou o projeto “Consciência Negra”, exposição África e desfile “Beleza Negra”.
Ensino – A rede municipal conta com o programa de Cultura
Afro-Brasileira e Indígena, que está sendo intensificado na rede
municipal. A proposta do programa é instrumentalizar os educadores com as novas metodologias e informações para trabalhar com a temática das relações raciais, inserindo o indígena (Lei11645/08). Esta é uma lei complementar à Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.
Além disso, a equipe responsável pelo programa, que é vinculado à Subsecretaria de Educação na Saúde, Cultura e Esporte, realiza visitas técnicas nas escolas municipais, conforme cronograma específico.
Segundo o Secretário de Educação, Guto Garcia, a proposta é intensificar a formação integral voltada para reconhecimento das etnias, diversidade cultural e usar as escolas municipais como cenários de produção de cultura, conscientização e valorização da identidade.
Já a subsecretária de Educação na Saúde,Cultura e Esporte, Andrea Martins, comenta que a intenção é destacar o ensino da história e cultura afro-brasileira e inúmeras etnias que fazem parte da sociedade.
Fonte: ASCOM/MACAÉ-RJ