Da Redação
Lama já atingiu o mar do Espírito Santo
Na tarde da última segunda-feira (16), na sede da Vale, no centro do Rio, manifestantes protestaram em decorrência do desastre ambiental acontecido na cidade de Mariana (Minas Gerais).
Desastre que até o momento vitimou 07 pessoas, deixando 12 desaparecidos e causando sérios prejuízos para mais de 500 mil pessoas que vivem em diversas cidades de Minas e do Espírito Santo.
De acordo com os manifestantes, o ocorrido nas barragens do Fundão e Santarém não foi acidente como alega a empresa Samarco, que tem como dona a Vale e a BHP Biliton. Para os manifestantes houve crime e irresponsabilidade da empresa. Sérgio Pimentel, morador do Rio, tem parentes na região de Mariana (MG), participou do protesto e conta: “Eu estou aqui para reclamar desse absurdo que essas empresas fizeram. A Vale, essa estrangeira BHP Biliton e a Samarco merecem punição rigorosa. Só multar não adianta. Acabaram com as cidades da região em busca de lucros milionários”.
Numa situação complicada, a Vale acionista principal da Samarco junto com a BHP Biliton tentam organizar ações para conterem os enormes estragos provocados pelo rompimento das barragens, em Mariana (MG).
Em nota no seu site, a maior mineradora do país, afirma: “A Vale como acionista da Samarco juntamente com a BHP Billiton, tem atuado para garantir a integridade das pessoas afetadas pelo acidente ocorrido na barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana (MG), no último dia 5. Desde o primeiro dia, a empresa disponibilizou recursos humanos e materiais para auxiliar a Samarco nos trabalhos de resgate e remoção dos locais de riscos dos desabrigados pelo acidente”.
Entretanto, essas ações ainda não têm surtido efeito. O Rio Doce está todo poluído por lama e minério e as barreiras colocadas pela empresa para evitar que a lama chegasse ao mar, não funcionou. O governo do Espírito Santo, Minas e a União se articulam para entrarem na justiça contra a Samarco, empresa responsável pelos danos causados ao ecossistema do Rio Doce após rompimento da barragem Fundão, em Mariana (MG). Segundo autoridades e ambientalistas este desastre ambiental já é considerado o pior do país.