Na Semana do Meio Ambiente, confira medidas necessárias à preservação do meio ambiente e com as quais se promove a inovação
A preocupação com a preservação da natureza, lembrada no Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, e com o cumprimento da legislação ambiental está cada vez mais amadurecida nas indústrias. A adequação com normas mostra que, além de fazer sua parte na conservação do meio ambiente, a indústria pode também obter ganhos no processo produtivo, segundo o coordenador de serviços tecnológicos e de inovação do Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química, Marcos Pupo Thiesen.
Ele afirma que, de modo geral, a indústria começa a entender que seus problemas ambientais são decorrentes de fatores como as falhas de processo, desperdícios, tecnologias inadequadas ou ultrapassadas ou a falta de capacitação técnica de seus funcionários.
“Se corretamente trabalhadas, [essas situações] podem reverter em ganhos em seu processo produtivo, ganhos de mercado por atender às imposições de clientes e fornecedores pelas questões ambientais, assim como ganhos por multas evitadas”, explica. O instituto, por meio de seus consultores e sua rede de laboratórios ambientais, recebe demandas de empresas que buscam se adequar à legislação e à necessidade de preservação ambiental. Thiesen apontou como está a pauta da indústria na preservação ambiental e quais as solicitações feitas ao instituto para que as empresas se adequem às leis.
Energia – a eficiência energética e projetos de energia renovável são temas recorrentes nessa área. Com a implantação de projetos de eficiência energética é possível reduzir o consumo de energia nas indústrias, aliviando o sistema elétrico brasileiro e consequentemente reduzindo a geração de energia elétrica, contribuindo para a sustentabilidade. Outra demanda é decorrente do desenvolvimento de projetos de energia renovável podendo ser de energia solar, eólica ou geração de energia por utilização do biogás gerado pela decomposição de compostos orgânicos em biodigestores.
Preservação de rios – diminuir a poluição nos cursos de água das cidades é outra necessidade e a indústria busca formas de reduzir esses impactos ambientais. Uma das alternativas é atender à autodepuração dos corpos hídricos, ou seja, a capacidade da água de se recuperar após o lançamento de materiais biodegradáveis nos rios. Para isso, é bastante requisitada pelas indústrias a implantação de sistemas de tratamento de águas e efluentes. Outras medidas são: economia de água por meio do balanço hídrico e reuso de águas e efluentes, reposição da mata ciliar com espécies nativas diminuindo o nível de assoreamento, casos de enchentes e melhorando a qualidade das águas; aplicação dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos pela separação dos recicláveis e da destinação adequada dos resíduos, evitando seu arraste aos corpos hídricos e, como consequência, sua poluição.
Resíduos sólidos, reciclagem e reutilização – A legislação ambiental no país e no Paraná contribuem para o investimento em inovações tecnológicas para o reaproveitamento de materiais. Um exemplo é a “madeira ecológica”, que seria um substituto sustentável da madeira extrativa, que utilizando na sua fabricação resíduos plásticos e resíduos de madeira da indústria da construção civil, evita a extração significativa de recursos naturais. Isso soluciona parte do problema da destinação inadequada de resíduos de dois diferentes setores e cria um produto inovador 100% reciclado e 100% reciclável de fácil manutenção e com grande valor econômico agregado.
Emissão de gases na atmosfera – a emissão de poluentes está relacionada com os processos produtivos e processos que usam combustíveis. Muitas das emissões estão relacionadas com pouca eficiência destes processos. Novas tecnologias e novos métodos de trabalho contribuem com redução das emissões e também com menor consumo de matérias primas, insumos e combustíveis não renováveis.
Fonte: Assessoria de Imprensa FIEP-PR