Em janeiro de 2017, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) registrou alta de 3,9 pontos em relação a dezembro de 2016 e chegou aos 47,4 pontos. Apesar de continuar abaixo da linha dos 50 pontos, sinalizando falta de confiança, o indicador apresentou substancial melhora em relação a janeiro de 2016, quando marcava 28,1 pontos. “O resultado do primeiro mês de 2017 foi o melhor observado nos últimos quatro meses e também o melhor para o mês de janeiro dos últimos três anos”, analisa o economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti.
O resultado de janeiro é decorrente das melhores expectativas dos empresários para os próximos seis meses, cujo indicador geral apontou otimismo e fechou em 53,5 pontos. No desagregado, o construtor mineiro segue com falta de otimismo em relação à economia do Estado, cujo indicador registrou 45,5 pontos, apesar também de ter avançado na comparação com dezembro. Já em relação à economia brasileira as perspectivas são positivas, com índice de 50,3 pontos. O melhor resultado aconteceu nas expectativas quanto aos negócios da própria empresa, com o índice chegando a 57 pontos.
“As expectativas positivas em relação às empresas sinaliza que nossas construtoras estão preparadas para ampliar as suas operações. Elas têm processos bem estruturados e um corpo técnico e gerencial qualificado. Portanto, o que precisamos para voltarmos a crescer é da melhora no cenário macroeconômico e de medidas que diminuam a burocracia e incentivem o investimento”, afirma Daniel Furletti.
Quanto às condições atuais do negócio, o índice geral de janeiro ficou praticamente estável em relação a dezembro, passando de 35,2 pontos para 35,3 pontos. Já no comparativo com o primeiro mês de 2015, houve um incremento de 15 pontos, já que o indicador estava em 20,3 pontos. Apesar da melhora, os resultados ainda mostram o descontentamento dos empresários por estar abaixo da linha dos 50 pontos.
Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais
Em dezembro, o índice do nível de atividade da Construção mineira fechou com 33,2 pontos. Desde novembro de 2012, o indicador permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa a queda do crescimento. O nível de atividade em relação ao usual para os meses de dezembro ficou em 22,6 pontos. Já o índice de emprego fechou aquele mês em 31,6 pontos, indicando que continua uma retração nos postos de trabalho no setor em Minas.
No último trimestre de 2016, os empresários da Construção mineira se mostraram insatisfeitos com a situação financeira, cujo indicador apurou 33,8 pontos, e com a margem de lucro operacional, que fechou em 29,7 pontos. Já o índice que mede o acesso ao crédito registrou 27,5 pontos. Ambos abaixo da linha dos 50 pontos.
Dentre os principais desafios citados pelos empresários da Construção nos últimos três meses de 2016, a demanda interna insuficiente ficou em primeiro lugar, aparecendo em 52% das citações. Em seguida ficou o tópico carga tributária elevada, que nesta sondagem foi mencionada em 41% das respostas. Em terceiro lugar no ranking está a falta de capital de giro, sendo citada por 32% dos entrevistados.