Eficiência ambiental em condomínios: a adoção de estações de tratamento de efluentes sanitários

Março, 2017 – Uma necessidade das construtoras é fazer com que todos os processos para concepção de um empreendimento atendam as legislações vigentes. Desde os cuidados com a localização de cada construção, passando por detalhados estudos de impacto de vizinhança e estudos ambientais, técnicas para reduzir significantemente a quantidade de materiais nas obras, gerando menos resíduos, até a reutilização dos materiais utilizados. Ambientes com luminosidade e ventilação natural, captação da água da chuva, lâmpadas com sensores, elevadores inteligentes e facilidade de mobilidade são itens presentes em todos os empreendimentos da Rôgga. A construtora e incorporadora catarinense também investe na implantação de Estações de Tratamento de Efluentes Sanitários (ETE) de lodos ativados em todos os residenciais que não são atendidos pela rede coletora de esgoto.

OK ESGOTO PREDIO

Até então, no caso da ausência de rede, era comum o descarte dos dejetos através do uso de fossas sépticas. Mas esta realidade mudou. Atualmente, a construtora já construiu ETEs nos empreendimentos de Nautilus Home Club e Lunata Easy Club, em Penha, e Liara Easy Club e Órion Easy Club, em Balneário Piçarras.  “Nós nos preocupamos com o novo fluxo de pessoas na orla da praia, por conta da ocupação dos novos apartamentos, adotando medidas sustentáveis para promover condições de uma praia mais limpa para a população”, frisa Carolina Bianchini, gerente de Incorporação e Novos Negócios da Rôgga. As estações são implantadas com tecnologias modernas para a melhor eficiência no tratamento dos efluentes gerados. “Este procedimento é adotado pela empresa também na fase de obras, quando são instaladas estações compactas para tratar os efluentes sanitários gerados pelos trabalhadores.”

De acordo com Carolina, as estações são dimensionadas para cada situação específica, considerando duas pessoas por dormitório ou a regra que o município tiver para o dimensionamento. As estações de lodo ativados são conhecidas por sua alta eficiência e robustez de tratamento – atingem eficiências de até 95% de remoção de matéria orgânica, ou até mais, sendo que a legislação exige 80% para este parâmetro. Todas possuem sistemas de desinfecção para remoção de microrganismos patogênicos. “O descarte também depende de cada situação específica, sendo que a eficiência deste tipo de tratamento adotado permite o lançamento diretamente na rede de drenagem ou cursos d’água, sem qualquer risco, desde que a estação esteja em operação normal, com supervisão de engenheiro responsável técnico”, reitera.

Os projetos de todas as estações de tratamento adotadas são elaborados por engenheiros especializados, sendo que a Rôgga conta com técnicos habilitados para a operação e manutenção das estações compactas, também responsáveis pela supervisão da construção das estações dos condomínios. “Por se tratarem de estações de tratamento de esgoto sanitário por lodos ativados, é necessário manter as condições de licenciamento ambiental e operação permanente dos sistemas, com a realização de manutenções e análises laboratoriais periódicas para atestar que os níveis de controle estejam dentro dos padrões permitidos pela legislação”, frisa Carolina.

Das estruturas já implantadas pela construtora, o empreendimento Nautilus contempla duas estações de concreto, que passam por frequentes análises laboratoriais; o Liara possui uma estação, que passa por análise neste começo de ano; o Lunata dispõe de uma estação de fibra de vidro, que recentemente passou por uma vistoria da equipe da Rôgga e neste início de ano prevê passagem por análise laboratorial; e o Órion possui uma estação de fibra de vidro, cuja última análise mostrou eficiência na remoção dos poluentes.

De acordo com a profissional, o lodo ativado requer operação 24 horas, equipamentos, projeto e dispositivos bem mais complexos do que outras soluções. “Contudo, o investimento nas estações de tratamento, além de serem exigência legal, quando diluídos no custo geral do empreendimento, acabam ficando bastante diluídos por unidade habitacional. A conta da implantação inicial varia também de acordo com o número de moradores: quanto maior o empreendimento, menor o custo da estação por morador”, frisa. Há também o custo de operação que envolve a compra de produtos químicos, custos de energia elétrica e contrato com profissionais técnicos habilitados, além de eventuais manutenções nos equipamentos após as garantias.

Reconhecimento em sustentabilidade

A Rôgga Empreendimentos, construtora e incorporadora catarinense, recentemente foi contemplada pelo 21º Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção, pelo trabalho intitulado “Processo Industrial de Construção – PIC: implantação de central de pré-fabricação e tecnologia industrializada em edifícios habitacionais”, na categoria Sistema Construtivo. O prêmio – uma iniciativa da Câmara, por meio da sua Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) – tem como objetivo reconhecer, premiar e divulgar soluções inovadoras que contribuam para a modernização da construção brasileira.

Em 2016, foi listada como uma das 50 empresas mais inovadoras do Sul do país em ranking feito pela Revista Amanhã, em parceria com a Edusy e com o respaldo técnico do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral. No mesmo ano, a construtora ainda ficou em 42ª no ranking da 11ª edição da pesquisa “As PMEs que Mais Crescem no Brasil”, desenvolvida pela Deloitte para a revista Exame. O estudo aponta que, entre as que mais crescem, a construtora catarinense está entre as seis empresas do segmento do Brasil e a primeira do Estado.

Entre outros destaques, foi a primeira incorporadora e construtora do Brasil a receber o Selo Casa Azul, categoria Ouro, referência em sustentabilidade pela Caixa Econômica Federal (CEF). 

 

 

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