São Paulo, 11 de maio de 2017 – Diante do cenário econômico apresentado no primeiro trimestre de 2017, o setor de materiais de construção apresentou retração de 6,3% frente ao 1T16, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT). Neste período, a Companhia conciliou sua operação com a redução dos níveis de estoque para atender a demanda de mercado nos segmentos da mineração, fibrocimento e telhas de concreto.
O volume vendido do mineral crisotila no 1T17 foi de 38,5 mil toneladas, 26,4% menor quando comparado ao 1T16, reflexo, principalmente, da menor participação da fibra crisotila no processo industrial no mercado interno, neutralizado pelo aumento nas exportações, decorrente de uma política comercial mais agressiva para fazer frente às mineradoras da Rússia e do Cazaquistão. No mesmo período, as vendas de fibrocimento foram de 166,9 mil toneladas, 15,6% inferiores ao 1T16, enquanto as telhas de concreto retraíram 39,6% em função, principalmente, da desaceleração do setor, aumento do desemprego, menor distribuição de renda e restrições ao crédito, inibindo o consumo de materiais tanto para reformas quanto para novas construções.
Para o 1T17, a receita líquida consolidada somou R$ 167,7 milhões, número 26,7% inferior ao 1T16, principalmente em função de menores volumes de vendas dos segmentos de atuação devido à desaceleração do setor e maior comercialização de um mix popular, enquanto o desempenho no mercado externo foi impactado pela redução do preço em dólar para fazer frente a forte concorrência, além da depreciação de 19,4% do dólar frente ao real.
O EBITDA ajustado no 1T17 atingiu R$ 19,3 milhões, retração de 49,5% quando comparado ao 1T16, devido ao menor volume de vendas nos segmentos de atuação, baixa utilização da capacidade industrial e redução das margens operacionais decorrente da comercialização de um mix com menor valor agregado. Visando minimizar os efeitos negativos do EBITDA ajustado, a Companhia tem concentrado esforços em reduzir as despesas operacionais, em linha com o programa estruturado. Como consequência dos aspectos comentados no EBITDA ajustado, e apesar da melhoria do resultado de equivalência patrimonial e do resultado financeiro líquido no 1T17, a Eternit registrou prejuízo de R$ 3,0 milhões.
Fonte: Imprensa/Eternit