Projeto São Francisco: moradores de Vilas Produtivas Rurais celebram as primeiras colheitas

Cultivos de itens diversos como arroz, milho, abóbora ou banana já têm assegurado segurança alimentar e economia às famílias

Brasília – DF, junho, 2017 – Os quintais das famílias que moram nas Vilas Produtivas Rurais (VPRs) do Projeto de Integração do Rio São Francisco estão mudando a paisagem local com a plantação e colheita de uma diversidade de frutas, verduras, legumes e hortaliças. Desde as últimas chuvas na região, os moradores de seis vilas, localizadas entre o Ceará e a Paraíba, já conseguem proporcionar segurança alimentar a suas famílias.

São cerca de 200 famílias que vivem nas vilas: Cacaré, Irapuá 1, Irapuá 2 e Quixeramobim, em São José de Piranhas (PB); Retiro, em Penaforte (CE); e Bartolomeu, em Cajazeiras (PB). As produções variam entre arroz, milho, amendoim, abóbora, banana e feijão.

Antes e depois – O agricultor Francisco José, morador da VPR Cacaré, na Paraíba, comemora a colheita dentro da sua propriedade. “Antes a gente não tinha terra para plantar e agora eu já tiro feijão para o ano todo, da minha terra, e isso me deixa muito feliz”. Disse o morador que também planta melancia, abóbora, fava e milho. “Já está vingando, agora é só esperar secar para colher”, celebra.

Economia – Além do próprio consumo, a economia com a compra de mantimentos também é sentida. A dona de casa Cícera Gonçalves de Souza, moradora da mesma VPR, festeja. “O sentimento agora é só de alegria. A vida hoje mudou 100%. O milho que plantei vai dar para alimentar minhas galinhas. Com a colheita do feijão, é possível diminuir a despesa de casa. Agora é só colher e botar a panela no fogo”, disse.

Conhecimento e capacitações – Os quintais utilizam o conceito “socioprodutivo”, que é a diversidade de culturas para o autoconsumo. A ação tem melhorado a qualidade de vida da população e também estimulado ampliado a perspectiva de geração de renda.

Além do conhecimento tradicional voltado ao trato com a terra, os moradores dos conjuntos habitacionais contam com capacitações que abordam temas que têm auxiliado a convivência da comunidade, tais como: agroecologia, manejo de agrotóxicos e sustentabilidade.

Essas atividades têm objetivo de incentivar e aprimorar o conhecimento de forma a promover o fortalecimento, o protagonismo e a autonomia das famílias reassentadas. As oficinas são promovidas pelas equipes técnicas do Ministério da Integração Nacional, por meio do Programa de Reassentamento das Populações, um dos 38 programas socioambientais em execução pelo Projeto São Francisco.

Vilas Produtivas Rurais – O Projeto São Francisco construiu 18 Vilas Produtivas Rurais (VPRs), ao longo dos Eixos Norte e Leste, para reassentar as 848 famílias que moravam na faixa de implantação da obra, nos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba.

As vilas são organizadas em dois setores: residencial e produtivo. O primeiro é composto por casas de alvenaria de 99 metros quadrados. O espaço, onde estão os quintais produtivos, conta também com rede de água, esgoto e energia elétrica, além de posto de saúde, escola, espaço de lazer e áreas destinadas ao comércio. Já o setor produtivo possui, no mínimo, cinco hectares por beneficiário, sendo um destinado à irrigação.

Garantia de água – O Projeto de Integração do Rio São Francisco é a maior obra hídrica do país. Prioridade do Governo Federal, o Eixo Leste do empreendimento já beneficia mais de 700 mil pessoas na Paraíba e Pernambuco. Além desses dois estados, o Eixo Norte também vai contemplar o Ceará e o Rio Grande do Norte. A previsão é de que o Eixo Norte seja finalizado até o início de 2018. Leia mais

Juntos, os dois eixos de transferência de água (Norte e Leste) do projeto vão atender mais de 12 milhões de pessoas nesses quatro estados.

Fonte: Imprensa/ Ministério da Integração Nacional

 

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