Agosto, 2017 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) celebram, nessa quarta-feira, 23, a marca de 100 mil cisternas oferecidas desde 2012 para famílias do Semiárido, com recursos do BNDES e da FBB.
A maioria das 100 mil unidades construídas (86.860) é de cisternas de primeira água, para consumo direto pelas famílias beneficiadas, representando um investimento de R$ 199 milhões, com recursos da FBB. Das cisternas para segunda água, utilizadas para a irrigação (agricultura) e alimento de animais (pecuária), foram financiadas 13.141 unidades e 94,5% já foram construídas, representando um investimento de R$ 141 milhões, com recursos do BNDES, através de seu Fundo Social.
- Total do investimento da parceria entre o BNDES e a Fundação Banco do Brasil é de R$ 340 milhões
- Com as cisternas de segunda água, a alimentação das famílias beneficiadas melhorou em quantidade, variedade e qualidade
O Banco também construiu outras 11.400 cisternas em parceria com a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC, braço operacional da ASA), com um investimento de R$ 130,8 milhões do Fundo Social BNDES. As dezenas de milhares de famílias que receberam cisternas moram em propriedades rurais ocupadas da Região do Semiárido Brasileiro e estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
As cisternas chegam às famílias graças à parceria com a ASA, rede formada por mais de três mil organizações da sociedade civil de distintas naturezas — sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, ONGs, Oscips, etc. Sua missão é fortalecer a sociedade civil na construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável e a convivência com o Semiárido, referenciados em valores culturais e de justiça social — destacando a defesa do direito à água.
Benefícios da cisterna de segunda água — Pesquisa realizada pela AP1MC revelou vários benefícios para a qualidade de vida das famílias beneficiadas com as cisternas de segunda água. Segundo muitos dos entrevistados, a produção e o consumo com utilização da água das cisternas proporcionou melhoria na alimentação, tanto com relação à quantidade quanto à variedade e qualidade (devido à produção de base orgânica).
Além disso, com as cisternas a busca de água fora da propriedade foi bastante reduzida, liberando tempo para atividades mais produtivas, dando às famílias a possibilidade de criar animais e produzir alimentos, gerando renda com a venda de excedentes.
Ainda de acordo com a pesquisa da AP1MC, 68,1% dos beneficiários das cisternas de segunda água são mulheres; 86,2% recebem o Bolsa Família; 81,2% estão localizados em comunidades rurais; 21% possuem ensino fundamental até a 4ª série e 17% ainda são analfabetos; e a atividade principal da maioria é a produção de hortifrutigranjeiros.
O uso da água das cisternas de segunda água pelas famílias, de acordo com a pesquisa, é prioritariamente para irrigar canteiros econômicos (84%); plantações (65%); criação de animais (55%); tomar banho (42%); lavar roupas (32%); cozinhar (23%); e beber água (10%).
Fonte: Imprensa – BNDES