Há 125 anos entrou em operação a primeira escada rolante do mundo

Janeiro, 2018 – Imagine uma época onde ser transportado por meio de uma escada em movimento era simplesmente um sonho.  A mobilidade urbana atual seria significativamente diferente e mais complicada, se não fosse por Jesse Reno que, ao tentar criar o primeiro metrô de dois andares de Nova York, inventou algo ainda mais importante: a escada rolante, equipamento que hoje está cada vez mais presente no dia a dia de quem mora em cidades.

Shangai Aquarium China

Conhecido como “elevador inclinado”, o equipamento foi instalado em 16 de janeiro de 1893, em Nova York

No Brasil, a maior escada rolante está em operação no Metrô de São Paulo

Segurança é o tópico de maior relevância

 

Conhecida como elevador inclinado, a escada rolante foi patenteada em 1892, mas o primeiro equipamento foi instalado em 16 de janeiro de 1893, no Old Iron Pier, em Coney Island, Nova York (EUA).  Neste local, a escada rolante ficou em operação por duas semanas, antes de ser deslocada para a Ponte do Brooklyn. Durante este período, estima-se que tenha transportado cerca de 75 mil passageiros.

A tecnologia desenvolvida há mais de 100 anos foi aperfeiçoada ao longo do tempo e hoje as soluções desenvolvidas pela indústria estão instaladas em todo o mundo em grande escala. Hoje nos Estados Unidos, mais de 100 bilhões de pessoas/ano são transportadas por escadas rolantes. Na Europa são mais de 136 mil escadas rolantes instaladas.

No Brasil, o equipamento começou a ser produzido em 1947 e era mais habitual em lojas de departamentos. Com o surgimento de shopping centers e a construção de estações subterrâneas de Metrô, as escadas rolantes foram se popularizando por aqui e hoje integram diferentes projetos.

E é justamente no Metrô de São Paulo que está em operação a maior escada rolante do Brasil. Para vencer 12 metros de altura e cruzar dois níveis da estação República, na interligação da linha 4 – Amarela com a Linha 3 – Vermelha do Metrô, ela possui quase 32 metros de comprimento.

Por dentro da escada rolante

Assim como os elevadores, as escadas rolantes estão cada vez mais presentes no dia das pessoas que muitas vezes não nos damos conta de como é o seu funcionamento. Apesar de engenhoso, o mecanismo de funcionamento da escada rolante é simples. O equipamento é formado por uma corrente composta pela união de degraus que se movem em movimento contínuo e circular, como um carrossel. Acionados por uma máquina de tração, os degraus percorrem o caminho que vai do início ao fim da escada, e depois se curvam, fazendo todo o caminho inverso por baixo da escada.

Estação Pinheiros – São Paulo

Segundo o engenheiro Joel Coelho, Gerente do ITS – International Technical Services da área de negócios Elevator Technology da thyssenkrupp para o Brasil e América Latina e especialista em escadas rolantes, a segurança é um item prioritário tanto para quem fabrica como para quem usa o equipamento. “Devido ao movimento contínuo da escada, diferente do elevador, o usuário deve obedecer às recomendações de uso seguro da escada rolante”. O projeto de uma escada rolante, ainda segundo o especialista, deve atender à norma da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Atualmente, Coelho coordena um Comitê de Estudos para atualizar a norma brasileira, ampliando os critérios de acordo com os requisitos das normas internacionais.

No dia a dia, alguns cuidados básicos são importantes, segundo o especialista. Por exemplo, segurar no corrimão ao ingressar na escada rolante ajuda a manter o equilíbrio, além de dar segurança em caso de parada brusca do equipamento. Coelho explica também que o uso da escada rolante segue alguns critérios de segurança. “Crianças menores de 10 anos devem estar acompanhadas por um adulto e os idosos e as pessoas com mobilidade reduzida, inclusive os cadeirantes e as pessoas que transportam carrinhos de bebê, não devem usar escadas rolantes e sim o elevador”.     

Outro alerta do especialista é com relação a uma situação muito comum: andar na escada rolante para chegar mais rápido. “Para os apressados fica a dica: caminhar na escada rolante não ajuda o passageiro a chegar mais rápido, como muitas pessoas acreditam. Além do risco de acidente devido a maior altura entre degraus, um estudo realizado no Metrô de Londres, na estação Holborn, concluiu que a ação não poupa o tempo dos usuários e ainda contribui para o atraso dos demais passageiros. Ou seja, se todos ficarem parados, chegarão ao seu destino mais rápido”, enfatiza Coelho.

Curiosidades sobre as escadas rolantes

Há uma grande variedade de comprimento de escadas rolantes em operação, desde modelos de apenas 9 metros até os que medem 54 metros.

Estação Alto do Ipiranga – São Paulo

Os lugares para a instalação do equipamento também podem ser inusitados. Existem escadas rolantes instaladas nos lugares mais altos do mundo, como os Alpes, onde os pisos são antiderrapantes para impedir a queda dos esquiadores.

Há também instalações debaixo d’água no The Ocean Aquarium de Shanghai, na China. Por meio das duas escadas rolantes instaladas no aquário, os visitantes podem se deslocar através de um túnel subaquático transparente, concentrando sua atenção no mundo subaquático.

E para lugares muito quentes, as escadas rolantes apresentam unidades de resfriamento para os corrimãos para que os passageiros possam se apoiar sem queimar os dedos.

Existem ainda escadas rolantes projetadas para a realeza, com um “Modo Real”, que permite às pessoas parar a escada rolante pressionando apenas um botão.

A capacidade de transporte de uma escada rolante depende da largura do degrau e da velocidade, podendo variar entre 4.500 a 13.500 pessoas por hora. Dependendo do tamanho, em média uma escada rolante pesa entre cinco e 15 toneladas.

A escada rolante pode durar muitos anos, desde que o equipamento tenha uma manutenção adequada. Em média são 30 anos de uso, antes de uma modernização para um up grade. O mercado é promissor e estima-se que 5.500 novas escadas rolantes são instaladas no mundo a cada ano.

Company blog: http://www.thyssenkruppelevadores.com.br/blog/

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