Alacero – Santiago, Chile, 21 de maio, 2018. A indústria mundial do aço passa por um processo de mudanças estruturais sem precedentes na história e os produtores latino-americanos de aço estão sendo seriamente afetados.

A atividade siderúrgica está numa encruzilhada na qual: por um lado convive com o excesso de capacidade de produção, particularmente da China, que põe em risco a estabilidade do mercado e as operações das empresas; e por outro, com a aplicação de medidas protecionistas (Seção 232 dos EUA, salvaguardas da União Européia e da Turquia) que distorcem os fluxos comerciais, causando grandes impactos no comercio regional.
Diante desse cenário de alto risco, a Alacero faz um apelo para que os governos latino-americanos trabalhem de forma coordenada em medidas preventivas que evitem efeitos adversos sobre a geração de renda e de empregos na região e assegurem condições de competição leal e comercio justo no mercado regional.
A problemática da indústria do aço:
- A estrutura da indústria está sendo modificada por uma crescente estatização, enquanto as empresas latino-americanas operam em condições de mercado e sem apoio financeiro dos Governos.
- O excesso de capacidade de produção de aço, estimado em 600 milhões de toneladas pela OCDE, e liderado pela China, segue sem solução e o problema se agrava diante do anúncio de novos investimentos para capacidades adicionais.
- As principais economias do mundo estão aplicando medidas para defender os seus mercados dos efeitos provocados pelo excesso de capacidade existente no mundo.
- Ademais do excesso de capacidade, persistem práticas de comércio desleal de aço, como dumping e subsídios.
- A aplicação dos instrumentos de defesa comercial da Organização Mundial do Comercio (OMC) não tem sido suficientemente efetivas.
Desta forma, a Alacero solicita aos governos da América Latina que:
- Atuem junto ao G-20 para ratificação do compromisso político de resolver a crise da indústria do aço na próxima Reunião de Líderes 2018 que será na Argentina.
- Sejam aplicados, de forma efetiva e imediata, os 6 princípios acordados na Reunião do G-20 de novembro de 2017.
- A curto prazo, realizem, em tempo real, o monitoramento aduaneiro das importações e exportações para evitar desvios de comércio.
- Reforcem a aplicação dos instrumentos de defesa comercial preconizado pela OMC.
- Se desenvolva um sistema de acompanhamento permanente da situação da indústria nos principais países e blocos econômicos
Para mais informações acesse em https://www.alacero.org/
Fonte: Imprensa/Instituto Aço Brasil