Novembro, 2018 – Toda obra possui diversas fases, porém uma das que mais ressalta o olhar do dono é a que envolve o acabamento, e nisto está inclusa a escolha das tintas e cores. Para ter um bom resultado é preciso ficar atento a algumas fases.
A arquiteta Priscila Tressino, do escritório PB Arquitetura, ressalta que a escolha da tinta está relacionada ao material e ambiente em que ela será aplicada, seja ele interno ou externo.
Para paredes de alvenaria e tetos regularizados com massa corrida ou gesso utiliza-se a tinta acrílica com acabamento fosco, sem brilho ou acetinado. Já em superfícies de madeira e metal o ideal é esmalte, tinta óleo ou spray, que possuem diversas cores. “Madeira ainda pode manter o seu aspecto natural se receber tratamento com verniz”, aconselha a arquiteta. Ademais, para revestimentos, azulejos e pastilhas a tinta epóxi a base de água ou de solvente é indicada. Em fachadas, as texturas são muito utilizadas.
Depois da escolha da tinta começa-se a das cores. “Elas têm grande protagonismo nas sensações que um ambiente pode transmitir. Em composição com outros elementos como mobiliário e acabamentos, pisos, decoração e iluminação, é possível criar atmosferas estimulantes, calmantes ou de neutralidade”, conta Priscila.
A especialista ressalta que cores quentes como vermelho, amarelo e laranja inspiram energia. Azul, roxo e verde, tem efeitos mais suaves. Tons terrosos trazem aconchego e conforto. Preto é introspectivo e ao mesmo tempo luxuoso. Branco, é radiante e expansivo, “pense nestes efeitos quando for escolher a cor dos ambientes, além é claro, de conectar cada item do decor para determinar o resultado mais arrojado ou equilibrado”.
No momento de escolher a cor é comum ser atraído pelas tendências de estação ou passarelas, porém, segundo Priscila, é necessário ter cautela. “De acordo com a psicologia das cores, cada pantone exerce uma influência sobre as sensações e podem dar uma noção de espaço muito diferente. Independente da cor, recomendamos que tons escuros sejam evitados em ambientes pequenos, dando lugar a cores claras, pois o efeito é de maior amplitude. Aposte nos neutros como branco, cinza e bege quando quiser dar destaque a detalhes decorativos como um tapete, almofadas ou até mesmo nos móveis. Estes permitem ser trocados com maior facilidade do que trocar a cor da parede”, orienta.
Vale ressaltar que as cores no catálogo e depois de pintadas ficam diferentes. Isso ocorre porque os planos horizontal e vertical, a distância à mão e de alguns metros e a iluminação dão à visão uma outra impressão.
A arquiteta também revela que há outros passos a serem seguidos tão mais importantes quanto a escolha da tinta:
Prepare a superfície conforme recomendações do fabricante. Escolha as melhores ferramentas e as mais adequadas para sua pintura, como rolos e de lã ou espuma e cerdas de pincéis variados. Faça a diluição também conforme recomendado na embalagem. Respeite o intervalo entre as demãos do produto. Considere o rendimento indicado na embalagem, cada tipo de tinta e cada fabricante apresentam resultados diferentes. Verifique a área que você irá cobrir, a proporção de diluição do produto, o retoque de demãos e o preço da tinta, nem sempre o mais barato é mais vantajoso. Estude com calma e pesquise bastante.
“Sempre consulte um profissional que poderá indicar o produto mais adequado e tirar todas suas dúvidas. Seguir estas etapas com certeza colabora para uma decisão mais segura e assertiva”, finaliza Priscila.