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Experiência de consumo com valor agregado é tendência de mercado – Jornal da Construção Civil

Experiência de consumo com valor agregado é tendência de mercado

Abril, 2019 – Com o mercado cada vez mais competitivo, as relações de consumo estão apresentando outros comportamentos. A cada dia, produtos e serviços oferecem aos seus clientes mais experiências, o que cria vínculos afetivos. Para especialistas da área, esta é uma forte tendência de mercado, oportunidade em que as pessoas deixam de buscar apenas por produtos com valor agregado, mas sim, consumir experiências positivas.

Apenas 28% dos brasileiros são consumidores conscientes, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O indicador de Consumo Consciente atingiu 72,1% no ano passado. Quanto mais próximo de 100%, maior é o nível de consumo consciente. De 1 a 10, o consumidor brasileiro avalia com 8,7 a importância do consumo consciente, 7,6 enquanto adepto de práticos da compra e de hábitos de vida conscientes, mas apenas 28% deles podem ser, de fato, classificados como consumidores conscientes. É isto o que aponta pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que criaram o Indicador de Consumo Consciente (ICC).

Larissa Camargo, coordenadora dos cursos de Design de Interiores e Design de Produto da EAD Unicesumar, acredita que essa tendência no consumo de experiências não seja apenas algo físico, palpável. “As pessoas não querem só consumir objetos, mas querem  ter experiências.  Essa tendência envolve diversos fatores como os sociais, questões históricas, fatores econômicos e outras questões de mercado de produção que acabaram fazendo com que o consumo de experiência tenha ganhado muita força nos últimos anos”, explica.

 A experiência do usuário não é algo novo, pois surgiu na década de 1990 e ganhou força nos anos 2000, com a ideia do design de experiência, atrelado à tendência do consumo sustentável. Quando pensamos em sustentabilidade, temos que pensar em todos os pilares. Inclusive, na questão do culturalmente aceito, que define o design do consumo de experiência.  Todos esses fatores, acontecimentos e elementos se interligam para pensar nessa nova tendência de consumo.

 O consumo consciente surgiu depois das revoluções industriais e é possível incluir essas mudanças na nova indústria 4.0, muito ligada à tecnologia, mas com um resgate do contato com a natureza, coisas naturais, da terra, das famílias, dos sentimentos e das relações e inter-relações. “Vejo que esse consumo de experiências está relacionado justamente a isso, a consumir sensibilidade, a você mexer com os sentidos, não só com o tato, mas trazer lembranças a partir do seu consumo”, ressalta a coordenadora.

 Nesse sentido, o consumo de experiências tende a se relacionar ao design de experiência quando falamos em produto físico. Então, como a produção de um objeto, um carro, uma peça de roupa ou, até mesmo, a um projeto de interiores. Aqui, os projetos precisam mexer com as emoções, trazer sentimentos, o que aumentará o desejo pelo consumo, mas um desejo que seja mais forte, mais poderoso. E as pessoas precisam estar sentindo isso para consumir.

 A empresa automobilística, por exemplo, tem criado experiências bem personalizadas, feitas especialmente para aquele perfil de consumidor. Entre elas, a oferta de viagens para quem adquire um veículo x ou y.  No caso do mercado da moda, a exclusividade e as peças artesanais tem ganhado cada vez mais destaque. O resgaste do trabalho manual traz a emoção do artesão, que produziu a relação da matéria prima em como foi pensada, em como aquela ideia foi construída e que aquela ideia é única.

 De uma maneira geral, o papel do designer neste processo é o de resgatar a ideia do design de experiência.  Ou seja, ele é capaz de oferecer a experiência para solucionar problemas com produtos e serviços, bem como alavancar os negócios de algumas empresas.

Fonte: Imprensa/UNICESUMAR

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