Outubro, 2019 – Quando um edifício cai ou apresenta sérios problemas de estrutura, um dos principais pontos observados é a existência ou não de manutenção preventiva e/ou corretiva. Na grande maioria dos casos a resposta, infelizmente, é a ausência deste procedimento técnico fundamental (baseado nas normas brasileiras da ABNT), o que reflete em prejuízos financeiros e, o mais grave, em um grande risco às pessoas e a sociedade como um todo.
A questão é séria e deve fazer parte das prioridades de síndicos, zeladores, administradores de condomínio, gestores e funcionários de edifícios para que fiquem sempre atentos, especialmente em relação aos pilares do imóvel. É muito importante observar possíveis danos causados por desgaste, acidentes e infiltrações.
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Para o especialista, três pontos merecem maior atenção para que tragédias sejam evitadas:
1) Sempre procurar empresa especializada/capacitada, atendendo a norma brasileria ABNT NBR 5674/12 Manutenção das edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção;
2) Nada de “jeitinho brasileiro”, “gambiarras” ou “ajustes técnicos foras de normas”, você pode acabar piorando a situação;
3) Frequentemente fazer uma Inspeção Predial com Engenheiros e Arquitetos capacitados e/ou especializados na área de Patologia das edificações.
Outro aspecto fundamental apontado por Tomazeli é a revisão nos sistemas de impermeabilização das lajes do subsolo, pois a infiltração de água acelera a corrosão da armadura, principalmente se a estrutura tiver juntas de dilatação.
“Alguns zeladores, por falta de conhecimento, colocam uma calha só para não cair água em cima dos carros. Isso acaba piorando o problema, porque cria um microclima húmido e que acelera o processo de deterioração da estrutura, o que é muito grave”, explica o engenheiro.