A ECTAS, empresa especializada em saneamento, é a fornecedora de toda a solução para o tratamento eficiente do esgoto do hospital de campanha para pacientes infectados pela Covid-19, que está em fase final de construção em Manguinhos, Rio de Janeiro. O empreendimento contará com Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de alto desempenho pronta para operar uma vez que sairá da fábrica pré-montada, proporcionando rápida instalação e atendendo a urgência da ação. Os equipamentos estarão em funcionamento em até três dias após a sua chegada ao hospital. A previsão é que tudo esteja funcionando em 30 de abril, conforme expectativa da direção da ECTAS. A partir de então, o centro hospitalar tratará de forma eficaz todo efluente gerado em sua unidade.
A contratação para os trabalhos se deu em caráter emergencial, e a ECTAS correspondeu com agilidade tanto com relação ao atendimento inicial quanto à produção dos produtos, reconhecidamente rápida em função do processo produtivo patenteado pela empresa e sua comprovada experiência no setor. Com isso, toda a solução para o tratamento eficiente do esgoto do hospital será entregue em prazo recorde de 23 dias. O sistema inclui projeto; estação elevatória de esgoto; estação de tratamento de esgoto (sistema de tratamento preliminar / sistema de tratamento biológico MBBR/IFAS / sistema de desinfecção e dosagem de químicos); fornecimento de tanques especiais em PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro) ultrarreforçados; e equipamentos automatizados para diminuir a incidência de mão de obra.
Importante frisar que a ECTAS está em linha com a Organização Mundial de Saúde – OMS, seguindo todas as recomendações para a segurança de seus funcionários dentro da empresa e em campo durante as instalações. Uso do álcool gel, alternância dos horários de almoço, ações pontuais nos horários de pico (entradas, saídas e trocas de turnos) para evitar aglomeração, bem como o uso de máscaras e EPIs indicados pelo Ministério da Saúde.
O vírus e a falta de saneamento
Em tempos de Covid-19 a problemática recorrente no Brasil da falta de saneamento básico fica ainda mais evidenciada. De acordo com dados do Instituto Trata Brasil, quase 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao serviço de esgoto e aproximadamente 35 milhões, à água tratada. Ou seja, sem água de boa qualidade, como fazer a higiene correta das mãos?
A preocupação cresce ao passo que pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG alertam para efeitos de presença do novo coronavírus no esgoto. Nota técnica publicada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – INCT ETEs Sustentáveis, que se dedica a pesquisas e ações relacionadas ao tratamento de esgoto e é sediado na UFMG, menciona estudo divulgado pela revista Lancet Gastroenterol Hepatol (vol. 5, abril/2020) para defender que uma das estratégias para detecção da presença de doença ou infecção viral na população (mesmo entre portadores assintomáticos) é o monitoramento do esgoto.
Os trabalhos publicados na revista mostraram que pacientes com a Covid-19 apresentaram em suas fezes o RNA do Sars-CoV-2, o novo coronavírus, causador da doença. Com o objetivo de avançar nessa pesquisa, o INCT ETEs Sustentáveis já vem realizando estudos do gênero, concentrados, num primeiro momento, em bactérias resistentes a antibióticos e outros potenciais patógenos conhecidos.
De acordo com o texto, outra implicação importante da possibilidade de transmissão feco-oral do Sars-CoV-2 é que, no período de duração da pandemia, uma enorme quantidade de carga viral deve estar sendo despejada nos rios. Isso está diretamente relacionado à situação sanitária do Brasil, já que apenas 46% do esgoto no país são tratados, segundo a edição de 2018 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. Para os pesquisadores, como consequência poderá haver aumento da disseminação do Sars-CoV-2 no ambiente e a infecção da parcela mais vulnerável da população, que não tem acesso à infraestrutura adequada de saneamento básico.
Solução técnica
A solução ECTAS feita sob medida para o centro hospitalar conta com um sistema tipo monobloco (todas as fases de tratamento em um único bloco compacto), com capacidade para receber e tratar a vazão de até 65,00 m³/dia, provenientes dos 200 leitos do hospital modular. Como complemento, a solução dispõe de dosagem de químicos (alcalinizante + antiespumante) e sistema de desinfecção.
Tendo em vista as características do empreendimento e do efluente gerado, optou-se pela tecnologia de tratamento MBBR, um aprimoramento da tecnologia lodos ativados, onde se inserem meios suportes de alta área superficial (Mídias/ECTAS) dentro do reator biológico, resultando num sistema extremamente eficiente, com menor área de instalação, menor consumo de energia e simplicidade operacional e de instalação.
O meio suporte (Mídias/ECTAS) é construído com material inerte e possui elevada área interna, propiciando o estabelecimento das bactérias e formação do biofilme. Este último fornece um substrato mais estável para as bactérias se desenvolverem, requerendo assim menor espaço quando comparado com outros sistemas biológicos e muito menos controles.
Fonte: Assessoria de Imprensa