Janeiro, 2021 – A Associação Médica Brasileira torna pública sua solidariedade com a população, os médicos e demais profissionais de saúde de Manaus e de todo o estado do Amazonas.
O sistema local está em colapso e com gravíssimos problemas, como falta de leitos, de cilindros de oxigênio e de equipamentos imprescindíveis ao tratamento dos pacientes com Covid-19.
No intervalo de uma semana, a média móvel de casos aumentou 85,3% em Manaus. Aliás, apenas nas últimas 24 horas, houve a confirmação de 3.816 novos casos no Estado. Só em Manaus, foram 2.516 novas infecções. Números recordes desde o início da pandemia.
A AMB está acompanhando com atenção e muita preocupação o andamento desta trágica situação dos nossos conterrâneos amazonenses. Entendemos ser nosso dever orientar os médicos a se pautarem pelas melhores evidências científicas e para que não adotem, mesmo nesta situação desesperadora, tratamentos que não tenham a devida comprovação científica até presente momento.
A Associação Médica Brasileira também conclama os cidadãos amazonenses a se unirem à classe médica, que desde o princípio da pandemia está na linha de frente colocando muitas vezes a própria vida em risco, para garantir assistência à população.
Por outro lado, é imperioso que os governantes legalmente constituídos e as autoridades públicas de saúde assumam sua responsabilidade nesta grave crise sanitária, disponibilizando imediatamente para hospitais os cilindros de oxigênio, conforme solicitam em ação já ajuizada o MPF (Ministério Público Federal), a DPU (Defensoria Pública da União), o Ministério Público do Estado do Amazonas, a Defensoria Pública do Estado do Amazonas e o Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas.
Conclamamos por providências urgentes com aumento de leitos, com hospitais de campanha e com a garantia de todos as demais necessidades que se façam obrigatórias para o tratamento da Covid-19.
Por fim, legitimada por representar todo movimento médico associativo e em cumprimento a sua missão, a AMB conclama a população do Amazonas a aderir à programação oficial de vacinação a ser definida pelas autoridades sanitárias nas próximas semanas, bem como manter as conhecidas medidas preventivas que reduzem a transmissão do novo coronavírus.
Associação Médica Brasileira, 15 de janeiro de 2021