Março, 2021 – O Sul do Brasil registrou crescimento nas vendas de imóveis em 2020. O salto foi de 16,1% na comparação com 2019. Com o bom desempenho dos negócios, o estoque caiu 28,7% nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já o VGV (valor geral de vendas) cresceu 9,9% entre 2019 e 2020. Nos lançamentos, a região teve queda de 26,6%, percentual acima da média nacional, que ficou em menos 18%.
Os dados fazem parte de um estudo feito pela Brain Inteligência Estratégica e que foram apresentados durante o webinar “Expectativa do mercado imobiliário na região Sul do Brasil”, realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias – ABRAINC.
Além do presidente da entidade, Luiz França; e do sócio-diretor da Brain, Fábio Tadeu Araújo, participaram do evento o diretor comercial da Rôgga, Thales Silva; o diretor nacional de vendas da Cyrela, Rodrigo Putinato; o presidente do Conselho da Melnick e CEO da Even, Leandro Melnick e o presidente do Grupo A. Yoshii, Leonardo Yoshii.
De acordo com o sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo, a perspectiva se mantém positiva para 2021. “Temos bons indicadores de intenção de compra. Na região Sul, 35% dos consumidores consultados planejam comprar um imóvel nos próximos dois anos e, destes, 9% já estão efetivamente visitando empreendimentos e iniciando a negociação”, diz.
Com excelente desempenho em 2020 (mais de 1.150 apartamentos entregues em Joinville, Balneário Piçarras, Penha, Barra Velha e Jaraguá do Sul e VGV superior a R$ 400 milhões), a Rôgga tem 15 lançamentos programados para este ano, o equivalente a mais de R$ 550 milhões em VGV. Os planos da construtora contemplam ainda a estreia no segmento alto luxo e a expansão dos negócios para outras cidades.
“O momento para o mercado imobiliário é propício. O comprador tem acesso a crédito facilitado, com juros reduzidos, boas opções de imóveis e preços que cabem no bolso. As construtoras e incorporadoras só precisam trabalhar esses aspectos a seu favor. O único ponto de atenção são os custos da matéria-prima, mas quem tomar as rédeas nesse aspecto vai surfar grandes ondas”, avalia o diretor comercial da Rôgga, Thales Silva.
Inovação e uso de tecnologias construtivas para aumentar a competitividade são as apostas da Rôgga, continua Thales. Prova é que a empresa conta com um centro de inovação para aperfeiçoar seu processo construtivo e tecnológico. “A inovação faz parte do DNA da Rôgga, mas em um período de alta de insumos como este que estamos atravessando, isso torna-se ainda mais essencial. E os resultados falam por si só: vendemos 100% dos nossos imóveis na planta.”
Para Rodrigo Putinato, da Cyrela, outros fatores determinantes para o sucesso do setor imobiliário em 2020 foram o crédito abundante e a mudança comportamental e cultural. “A pandemia trouxe a valorização das moradias, não apenas para quem precisava de mais espaço para o home office, mas para todas as famílias que passaram a ficar mais tempo em casa.”
Em pandemias, lembrou Fábio Tadeu Araújo, da Brain Inteligência Estratégica, o êxodo é comum. “As pessoas saem dos grandes centros para buscar isolamento no campo ou no litoral, então tivemos recordes de vendas de imóveis de segunda moradia”, informou. CEO da Even, Leandro Melnick comentou: “A segunda residência virou a primeira residência, já que os brasileiros podem trabalhar de casa, seja no campo, na praia ou em qualquer lugar. Além disso, a queda nas taxas de juros favoreceu muito o consumo no mercado imobiliário.”