Abril, 2021 – Em meio às incertezas trazidas pela pandemia da Covid-19 com forte impacto em vários setores de atividade econômica, o desempenho do mercado imobiliário como um todo surpreendeu, mas o segmento de alto padrão reagiu ainda melhor à crise, principalmente a partir do segundo semestre de 2020, e fecha os primeiros meses de 2021 em crescimento.
“Este trimestre foi espetacular para nós”, afirma Marco Túlio Vilela Lima, CEO da Esquema Imóveis, que informa que o volume de transações no primeiro trimestre deste ano ficou acima dos R$ 200 milhões. “Não somente estamos acima da meta que havíamos projetado, como triplicamos o volume de negociações comparado ao mesmo período do ano passado’.
Túlio ressalta que no primeiro bimestre do ano, em geral, o desempenho desse segmento tende a ser o mais fraco, devido às férias. Contudo, o comportamento dos consumidores se modificou muito nos últimos tempos, naturalmente impactado pela pandemia.
Um dos principais motivos da alta do mercado imobiliário de alto padrão, segundo o CEO da Esquema Imóveis, é o fato de que esse nicho lida com um público comprador muito dolarizado, com receitas e investimentos atrelados à moeda estrangeira. “A alta do dólar torna os imóveis ‘baratos’ para esse público, quando se faz a conversão, embora tenha havido um aumento substancial do valor do metro quadrado em reais. Houve ainda um aquecimento da procura por casas e coberturas, além de imóveis no interior, em condomínios de campo, devido à vontade das pessoas de estarem em lugares com jardim e mais espaço aberto”.
Para Túlio, ainda é uma incógnita como o semestre irá se configurar, no que diz respeito às negociações de imóveis de alto padrão. “Percebemos o mercado imobiliário ainda muito aquecido. Apesar do aumento recente da taxa básica de juros (Selic), ela continua muito baixa, o que impulsiona a aquisição de imóveis. Os juros baixos levam o consumidor a não reter seu dinheiro em aplicações, porque ele rende muito pouco. No decorrer deste ano, o mercado imobiliário continuará sendo um ótimo investimento para fugir dessas incertezas do mercado financeiro”, afirma.
Além disso, o CEO da Esquema Imóveis salienta que tem havido uma demanda muito grande por terrenos para compra e incorporação, tendo em vista lançamentos a partir do ano que vem. “Isso demonstra que o mercado está acreditando nesse aquecimento e nessa velocidade do setor imobiliário. Temos uma área de novos negócios que está analisando muitos contratos, inclusive para condomínios horizontais de casas, o que mostra uma visão de futuro para médio e longo prazo”, observa Túlio.
O CEO acredita que a perspectiva é de que 2021 se mantenha aquecido para o segmento, especialmente quando se ampliar a distribuição de vacinas e voltarmos à normalidade, com a reabertura do comércio. “Creio que vai haver um momento de euforia no mercado, como uma espécie de ‘pós-guerra’. E um dos fatores que devem ser levados em consideração no segundo trimestre, para que tenhamos um ano positivo, é a macroeconomia. Estamos surfando em uma onda interessante, mas se a economia ficar ‘estrangulada’, todos os setores serão impactados”, conclui.