Junho, 2021 – O evento ecológico e cultural encerra as atividades do Dia Mundial do Meio Ambiente e do Dia do Oceano ambos celebrados durante este mês em que por determinação da Organização das Nações Unidas (ONU), estamos iniciando a Década dos Oceanos e a Década da Restauração dos Ecossistemas (ONU, 2021-2030).
Em maio de 2018, o Baía Viva realizou uma grande Barqueata em defesa da retomada das obras de saneamento básico das lagoas do Complexo Lagunar de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca que se encontravam paralisadas, que contou com a presença de mais de 400 pessoas e cerca de 20 barcos. A ausência de saneamento básico na região é o principal fator de poluição das lagoas e praias que são atrativos da economia do turismo no Rio de Janeiro. Além de artistas como os músicos Da Ghama, fundador da banda Cidade Negra, e George Israel, do Kid Abelha, o múscio Sérgio Loroza, participaram grupo de teatro, pesquisadores, estudantes, moradores, pescadores e barqueiros. Vários artistas gravaram vídeos de apoio ao evento: a atriz Letícia Spiller, os atores Felipe e Rodrigo Simas, entre outros.
Após este ato ecológico que teve grande repercussão na imprensa e mobilizou a opinião pública, ocorreram diversas audiências públicas e reuniões técnicas convocadas pelo Ministério Público Federal e Estadual com presença de representantes da CEDAE, Fundação Rio Águas, Instituto Estadual do Ambiente (INEA), universidades, associações de moradores e dos ecologistas do Baía Viva.
No final de 2019, como resultado deste intenso processo de mobilização social, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público, o órgão ambiental e a CEDAE onde foram acordadas metas para a retomada dos investimentos em saneamento básico nesta populosa região.
Com o recente leilão de concessão da CEDAE que teve como vencedor do Bloco 2, que engloba Barra da Tijuca, Jacarepaguá e mais 2 municípios, o consórcio Iguá com o lance de R$ 7,286 bilhões. Somente no complexo lagunar da Barra da Tijuca está previsto um investimento de R$ 250 milhões. No entanto, os ecologistas e moradores estão preocupados com o fato do edital de concessão elaborado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não dispor de uma claúsula que determine a obrigatoriedade da nova concessionária provada (Igá) que é um fundo de investimentos, cumprir as metas previstas no TAC de 2019.
Entre os benefícios esperados pelas intervenções e obras de saneamento que estão planejadas destaca-se: a recuperação ambiental das lagoas, a melhoria das condições de via, resgate de usos de lazer e da prática de esportes, a conservação de espécies de animais e da avifauna e a melhoria da balneabilidade das praias da Barra da Tijuca.
Participarão da barqueata: artistas, jornalistas ambientais, pesquisadores e instituições da sociedade civil. O evento conta com o apoio da Associação de Barqueiros, de associações de moradores das ilhas das lagoas da Barra, Cooperativa Coopama, restaurante Sallero e a realização é em parceria com a Rô Produções (Eduambiental).
Obs: É obrigatório o uso de máscaras e álcool gel e o atendimento das recomendações de prevenção à COVID-19 determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por parte de todos os participantes do evento.
PROGRAMAÇÃO – 27 DE JUNHO DE 2021 (Domingo)
9:30h – Concentração no ponto de barcos na saída da estação do Metrô Jardim Oceânico
10h – Saída da Barqueata (*previsão de 30 pessoas convidadas entre artistas, pesquisadores, moradores das ilhas que serão divididas em alguns barcos para atender as restrições sanitárias impostas pela pandemia Coronavírus)
11:30h – Mutirão de plantio de árvores e educação ambiental
12:30h – Retorno dos barcos
13h – Encerramento do evento.