Agosto, 2021 – Deu a louca no setor elétrico! Se não bastasse a pandemia que vitimou mais de 500 mil pessoas no país, a disparada dos preços de alimentos como o da carne custando – entre R$ 30,00 e R$ 80,00 – , já outros produtos, o litro da gasolina por exemplo, custando R$ 7,00… o botijão de cozinha ao preço de R$ 120,00, e o desemprego alto, foi pouco para o Ministério de Minas e Energia jogar contra o Brasil, permitindo que a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL-, sufoque milhões de brasileiros e pequenos negócios com cobrança da Bandeira Vermelha 2, na conta de luz no mês de setembro. Os novos valores sobem dos R$ 9,49 para R$ 14,20 por cada 100 KWH consumido.
Setores que gastam mais água: Agronegócios, Indústria Têxtil e Indústria em geral.
A bandeira tarifária em setembro de 2021 será vermelha, patamar 2. Agosto foi mais um mês de severidade para o regime hidrológico do Sistema Interligado Nacional (SIN). O registro sobre as afluências às principais bacias hidrográficas continuou entre os mais críticos do histórico. A perspectiva para setembro não deve se alterar significativamente, com os principais reservatórios do SIN atingindo níveis consideravelmente baixos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD). O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada. Importante frisar que os valores das bandeiras tarifárias estão em análise e serão divulgados posteriormente.
De acordo com o MME este novo aumento na conta de luz é para conter a ” Escassez Hídrica” , que afeta os reservatórios de água das hidrelétricas que estão abaixo do nível regular e faz com que o governo acione outras fontes de energia – Termelétricas com custo muito mais alto. Outra medida do Ministério foi pedir para as pessoas economizarem energia; em tempos de Home Office, não sabemos como se dará essa diminuição do consumo?
” Para enfrentarmos essa situação excepcional e garantir o fornecimento de energia, estamos utilizando todos os recursos disponíveis e tomando medidas extraordinárias. Com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, tivemos que aumentar, significativamente, a geração de energia nas nossas termelétricas e estamos importando energia de países vizinhos. A título de exemplo, uma redução média de 12% no consumo residencial equivaleria ao suprimento de nada menos que 8,6 milhões de domicílios. Podemos conseguir até mais, eliminando todo o desperdício no consumo de energia, desligando luzes e aparelhos que não estão em uso, aproveitando mais a luz natural, reduzindo a utilização de equipamentos que consomem muita energia como chuveiros elétricos, condicionadores de ar e ferros de passar.”, disse Bento Albuquerque – Ministro de Minas e Energia na TV , Rádio e Canais Digitais.
Na verdade, no bate cabeça do governo federal faltou o planejamento adequado para criar outras soluções que não penalizasse tanto o pequeno consumidor. O Governo não criou caminhos para viabilizar o desenvolvimento pleno das energias renováveis, acabou estupidamente com o horário de verão e abandonou a campanha do consumo consciente de energia.
Fonte: ANEEL