Black Friday com cuidado: Irregularidade em fios elétricos é alvo de ação

Comunicação ALES

Novembro, 2021 – O proprietário de uma fábrica de fios e condutores elétricos, instalada em Boa Vista II, no município da Serra, foi preso na manhã da terça-feira (10) pela Delegacia de Defesa do Consumidor da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), em operação integrada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa (Ales) e Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-ES). A operação, denominada “Elétron”, também resultou na interdição da fábrica.

Conforme laudo do Ipem, a fábrica produzia e comercializava fios condutores elétricos fora dos padrões. A ordem judicial da prisão foi expedida pela Justiça da Serra, a pedido do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), em razão de o empresário ser considerado reincidente na infração. Em 2019 ele foi preso pelo mesmo motivo, mas pagou fiança de R$ 100 mil e estava respondendo ao processo em liberdade.

Confira mais fotos da coletiva de imprensa

Em coletiva de imprensa concedida no início da tarde desta terça na Ales, o titular da Delegacia Especializada Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani, disse que a investigação teve início depois de denúncias de superaquecimento da fiação e aumento do consumo de energia elétrica. Em alguns casos, o fato ocorreu após o consumidor ter acabado de trocar a fiação da residência.

O deputado Vandinho Leite (PSDB), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, apresentou na entrevista coletiva uma embalagem com o rolo de fios da fabricante, apreendida na operação.

“A comissão de Defesa do Consumidor prima pela transparência. A primeira coisa que vou fazer é apresentar a marca do fio, se chama Luzzano. Os funcionários mesmo relataram que tem clientes reclamando de incêndios. São escolas, creches, igrejas, construtoras, condomínios”, relatou Vandinho.

O empresário, que não teve o nome divulgado, foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana. Entre as irregularidades, de acordo com informações relatadas na entrevista, está a fabricação dos produtos com baixo índice de cobre, tornando a fiação com menor condutividade e levando ao superaquecimento.

Passamani disse que a investigação continua e a fábrica segue interditada. O alvo agora são os revendedores e distribuidores para averiguar se eles tinham conhecimento da fraude. “Quando você compra um bem com valor muito menor, você tem que desconfiar. É a regra. Aquilo ali pode estar sendo ilícito. Vamos verificar as empresas que compraram e estavam revendendo, se elas foram vítimas ou tinha alguma conivência”, explicou o delegado.

Conforme informações disponibilizadas no site da empresa, a fábrica produz os seguintes produtos: Cabo Flex 750V, Cabo Flexível Nax 0,6///1KV, Cordão Flexível Paralelo 300V. As mercadorias são distribuídas para pelo menos 10 estados brasileiros e para todo o Espírito Santo.

 Aldo Aldesco, com edição de Nicolle Expósito

Fonte: al.es.gov.br

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