Fevereiro, 2022 – Responsável pela gestão do contrato de concessão de quiosques da orla marítima do Rio, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, vai ceder a operação de um dos quiosques da Barra da Tijuca à família do congolês Moïse Kabagambe, morto no último dia 24 de janeiro. A decisão foi tomada em comum acordo com a Orla Rio, concessionária que administra os quiosques, e a proposta já foi aceita por parentes do refugiado.
Além disso, a iniciativa prevê a transformação do espaço em um memorial em homenagem às culturas congolesa e africana. A iniciativa tem o objetivo de promover a integração social e econômica de refugiados africanos e reafirmar o compromisso da cidade com a promoção de oportunidades para todos. A ação será realizada em parceria com a Orla Rio, concessionária que opera os estabelecimentos.
– O que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social – diz o secretário Pedro Paulo. – A transformação do local busca ser uma reparação à família, uma oportunidade de inserção socioeconômica de refugiados, além de um ponto de transmissão da cultura africana. E um memorial em homenagem a Moïse Kabagambe representará naquele espaço público uma lembrança para que não seja fácil esquecer e que jamais se repita a barbárie que o vitimou.
As oportunidades de emprego ligadas aos dois quiosques deverão, também, ser oferecidas a refugiados africanos residentes no Rio. Além disso, em parceria com o Sesc/Senac e com organizações sociais, a Prefeitura e a Orla Rio vão criar um programa de treinamento e capacitação para esses imigrantes atuarem no setor de alimentação.
As mudanças previstas incluem uma reformulação da arquitetura dos quiosques para que eles se transformem em um espaço de celebração da cultura do povo africano, tendo ali um ponto de referência com comida típica, música e artesanato.
Tanto a concepção quanto a execução do projeto, que inclui um memorial a Moïse, serão realizadas por profissionais negros e com foco na promoção e celebração da cultura africana. O espaço também poderá ser utilizado para exposição de arte e apresentações musicais típicas, além da realização de feiras de artesanato.
Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro