A tendência de alta dos preços do petróleo, impulsionada em parte pelo conflito Rússia-Ucrânia, levou a uma melhora nas condições econômicas dos países da região do Oriente Médio e Norte da África (MENA) que possuem as maiores reservas de petróleo e gás, diz GlobalData . A empresa líder de dados e análises observa que, embora existam riscos negativos decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia – principalmente devido à inflação mais alta e à menor confiança dos investidores – a produção de construção na região é relativamente forte, com crescimento esperado de 4,4% em termos reais em 2022.
O último relatório da GlobalData, ‘ Tamanho do mercado de construção, tendências e previsões de crescimento por principais regiões e países, 2022-2026 ‘, revela que todos os países da região MENA devem apresentar um crescimento positivo, com Kuwait, Iraque e Egito esperados para postar o maior crescimento. Além dos preços mais altos do petróleo e do gás, as sanções à Rússia também levarão a maiores investimentos no setor de petróleo e gás da região, à medida que os países europeus tentam se livrar do petróleo e do gás russos.
Dhananjay Sharma, analista da GlobalData, comenta: “Espera-se que os preços crescentes do petróleo e as sanções à Rússia beneficiem os países da região MENA que são ricos em recursos de petróleo e gás. levar ao renascimento de projetos paralisados durante a pandemia e, simultaneamente, aumentar a capacidade dos governos de gastar em outros projetos. Haverá crescimento geral no setor de construção, com investimentos em energia, petróleo e gás, turismo e outros setores de infraestrutura liderando o pacote . ”
Além da guerra na Ucrânia e do ambiente macroeconômico desafiador, os riscos predominantes associados à pandemia permanecem, notadamente o surgimento de novas cepas infecciosas ou mais letais, bem como bloqueios em mercados com uma política de ‘zero-COVID’. No entanto, em mercados onde houve lançamentos bem-sucedidos de vacinas, as restrições de viagens internacionais estão sendo amplamente relaxadas e a vida cotidiana e a atividade econômica estão voltando ao normal. No entanto, o ressurgimento dos casos de COVID-19 e o potencial de restrições às obras de construção e à disponibilidade de mão de obra continuam sendo um risco principal para as perspectivas do setor.
Sharma conclui: “A abertura das economias também está levando à retomada dos investimentos no setor de turismo e segmentos relacionados. No entanto, a inflação apresenta grandes riscos de queda, com aumentos nos preços dos grãos atingindo a renda disponível de muitas famílias, enquanto o aumento nos custos de materiais de construção pode tornar os projetos inviáveis no curto prazo.”
Fonte: GlobalData