Agosto, 2022 – A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou em 23 de julho a Monkeypox (Varíola dos Macacos) como emergência sanitária global. Dada a importância da prevenção da doença nos locais de trabalho, residências, transportes e locais públicos, o Seconci–SP (Serviço Social da Construção) elaborou abaixo uma série de informações e orientações que devem ser divulgadas aos trabalhadores e seus familiares.
O que é? A Varíola dos Macacos é uma doença causada por vírus e a transmissão se dá através de contato direto com lesões, sangue, fluidos corporais, gotículas respiratórias ou contato com material contaminado. A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato próximo com lesões de pele de pessoas infectadas (beijos, abraços, relações sexuais, massagens ou secreções respiratórias) ou por contato com objetos (roupas, roupas de cama e/ou toalhas).
Apesar de receber a nomenclatura dos macacos, o surto não tem participação destes animais na transmissão para seres humanos e, por isso, é importante que esses animais não sofram nenhuma retaliação ou maus tratos por parte da população.
A incubação, tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sintomas, ocorre geralmente de 6 a 13 dias (podendo variar de 5 a 21 dias).
Sintomas mais comuns: dor de cabeça, febre, dor no corpo, fadiga, mal-estar, dor nas costas e aumento de gânglios, que evoluem com lesões e/ou feridas avermelhadas na pele no local da infecção e que se espalham rapidamente pelo corpo (principalmente em boca, genitália e olhos). Quando a crosta da lesão desaparece, é sinal de que a pessoa deixa de infectar outras pessoas.
A maioria dos seres humanos apresenta sintomas leves ou moderados. Quantos aos sintomas graves, as complicações podem incluir encefalite (inflamação do cérebro), infecções bacterianas, desidratação, conjuntivite, ceratite e pneumonia. De forma geral, a evolução é boa e o cuidado com as lesões é o tratamento para casos sem complicações.
Prevenção: evitar o contato com materiais infectados (como roupas e objetos de uso pessoal) e contato com pessoas infectadas. A higienização das mãos também evita o contágio.
Casos confirmados: isolamento social até que as erupções estejam totalmente resolvidas, ou seja, até que todas as crostas tenham caído e a pele esteja intacta. O isolamento social inclui não sair de casa (exceto em casos emergenciais), não praticar atividade sexual, não compartilhar itens contaminados e de uso pessoal, usar máscara cirúrgica ajustada e cobrindo nariz e boca, limpeza e desinfecção de superfícies contaminadas e higiene das mãos.
Cuidados: as lesões na pele devem ser cobertas o máximo possível e os curativos trocados quando úmidos, para evitar infecção de outras pessoas. Deve-se evitar o contato com as feridas e levar as mãos à boca e/ou olhos.
Sinais de alarme: piora dos sintomas, incapacidade de alimentar-se, dificuldades respiratórias, confusão mental ou lesões de pele doloridas e/ou infectadas, procurar imediatamente o serviço de saúde.
Tratamento: não há um tratamento específico para a doença. São receitadas medicações apenas para tratar os sintomas.
Recomendação: não compartilhar objetos de uso pessoal e de trabalho.
Em caso de suspeita, procure o serviço de saúde para o diagnóstico correto e rastreio dos contatos.