O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na última quinta-feira (20/10) que, na retomada de obras do PAC para geração imediata de emprego, vai negociar com as empresas que ganharem a licitação para contratarem moradores da região onde as obras serão feitas. A estratégia é repetir o que já foi feito entre 2008 e 2010 no Rio de Janeiro, quando os canteiros de obras tinham pais e filhos das comunidades trabalhando.
Lula voltou a dizer que gerar emprego é obsessão de seu governo e lembrou que, quando assumiu, em 2003, o Brasil enfrentava desemprego de 12%. Ao fim dos governos petistas, o percentual era de 4,5%, e 22 milhões de vagas com carteira assinada foram abertas.
Num novo mandato, o foco para geração imediata de empregos é o estímulo à construção civil, por meio da retomada de obras do PAC que foram paralisadas quando a ex-presidenta Dilma Rousseff deixou o governo, com o golpe do impeachment. Segundo o ex-presidente, são cerca de 13,4 mil obras que já têm projetos e licença ambiental e que, portanto, estão aptas a serem executadas com rapidez.
“Vamos retomar com certa urgência porque é o trabalho que dá dignidade às pessoas. Trabalhar e, com o salário, levar comida para sua família”, afirmou ele, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, antes de seguir para caminhada em São Gonçalo (RJ), na região metropolitana da cidade maravilhosa.
Na conversa com os jornalistas, o ex-presidente afirmou também que além de gerar empregos, vai valorizar o salário mínimo, com aumento todo ano, manutenção do Bolsa Família em R$ 600, com acréscimo de R$ 150 para crianças de até seis anos e financiamento dos bancos públicos para micro e pequenos negócios, a fim de estimular o empreendedorismo e a criatividade do povo brasileiro.