Acompanhado de comitiva de ministros, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou as obras de reconstrução do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira (23/3). Lula foi recebido por integrantes da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mantenedora da instituição, e conversou com operários que atuam diretamente no trabalho de recuperação da estrutura.
Atingido por um incêndio de grandes proporções, em 2018, quando completava 200 anos de fundação, o Museu Nacional teve a fachada do imponente edifício e 85% do acervo de 20 milhões de itens destruídos pelo fogo. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Museu Nacional guardava o maior acervo de história de ciência natural da América Latina e funcionava como importante instituição de pesquisa científica, trabalho que segue ativo com acadêmicos produzindo e divulgando conhecimento.
O trabalho de reconstrução está sendo feito em etapas. O orçamento total para recuperação é estimado em R$ 450 milhões. Desse total R$ 180 milhões ainda precisam ser captados. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a intenção do governo, sob orientação do presidente Lula, é envolver outros parceiros estatais e privados, garantir os recursos no menor prazo possível e finalizar as obras para visitação pública até abril de 2026. A cobertura e a fachada do Bloco 1 já estão em fase de conclusão, e serão entregues em abril deste ano. O cronograma original previa a conclusão em 2028.
“Nossa intenção aqui é demonstrar o compromisso do Governo Federal com a história, a ciência e a cultura. Estamos conversando com instituições que possam complementar esses recursos”, afirmou Camilo Santana.
O acidente comoveu o Brasil e o Mundo e mobilizou a criação do Projeto Museu Nacional Vive, no qual instituições brasileiras e internacionais estão empenhadas para a reconstrução. O projeto é resultado de cooperação técnica firmada entre a UFRJ, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Instituto Cultural Vale, com recursos do BNDES e de instituições privadas, além de apoio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Educação (MEC) e do Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Fonte: Palácio do Planalto