Por Francine Ferreira
Celebrado neste sábado, 22 de abril, mais uma vez o Dia Mundial da Terra reforça o apelo importante pela preservação da natureza, seguindo o tema “Investir no Planeta” e clamando para que toda a população se mobilize em prol da causa. No Sul de Santa Catarina, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga faz coro ao debate, ressaltando a necessidade de mais ações de toda a sociedade para a conservação dos recursos hídricos, uma vez que a água é essencial para a manutenção da vida em todos os espaços.
Na Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga, a água do principal manancial da região, bem como de seus afluentes, apresenta uma das piores situações do Estado, com grande parcela já imprópria para o consumo humano. A informação é do Plano de Recursos Hídricos da Bacia e traz diversos segmentos históricos como agentes responsáveis pela situação, como esgotos urbanos e industriais não tratados e os resíduos resultantes da extração de carvão.
Além dos problemas relacionados à qualidade, o mesmo estudo também evidencia que a Bacia do Rio Urussanga ainda sofre com a questão de quantidade da água e, por consequência, com a preocupação de real escassez dos recursos hídricos já em um futuro próximo.
Momento de agir
Uma realidade preocupante, que alerta para a necessidade cada vez maior de as pessoas, enquanto sociedade, refletirem e agirem pela consolidação de estratégias políticas, empresariais e sociais que garantam o uso responsável dos bens naturais, buscando seguir medidas que possam minimizar os impactos negativos da ação do ser humano no meio ambiente.
As alternativas para minimização dos problemas nos recursos hídricos evidenciadas na Bacia do Rio Urussanga vêm ao encontro, inclusive, ao tema escolhido para as comemorações do Dia da Terra em 2023: “Investir no Planeta”. Isso, porque o investimento na defesa do planeta está diretamente ligado à preservação e proteção da água, em prol dos recursos naturais, do ambiente e da sustentabilidade da Terra.
Ações práticas
Neste cenário, considerando os trabalhos até agora realizados pelo Comitê referentes às capacitações e ao processo de elaboração do plano da bacia, de acordo com o vice-presidente do Comitê Urussanga, Fernando Damian Preve Filho, é fundamental que as organizações-membro do órgão procurem se apropriar das ações sugeridas. Muitas de baixo custo, mas eficazes, podem já iniciar um processo de melhoria na qualidade do Rio Urussanga.
“Em casa, cada um de nós pode melhorar muito, adotando medidas como a mudança de hábitos para economizar água e o descarte correto de embalagens plásticas, pilhas e eletrônicos. Assim como fazer a ligação na rede de esgotamento sanitário onde houver; construir fossas e sumidouros onde ainda não há coleta de esgoto, inclusive no meio rural; reservar água da chuva; e contribuir na recomposição de matas ciliares e na proteção de nascentes, com o cercamento e recomposição das árvores nestes pontos”, elenca o vice-presidente.
Além disso, para Preve Filho, as indústrias também podem melhorar seus processos no que diz respeito ao consumo e reuso da água. “O Comitê tem como seu maior compromisso, promover o entendimento a respeito dos recursos hídricos. Por isso, sempre procuramos levar a conhecimento da sociedade, ações individuais que promovam um ambiente mais sadio e sustentável”, finaliza.