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Seu Dinheiro: É possível reformar a casa gastando pouco? – Jornal da Construção Civil

Seu Dinheiro: É possível reformar a casa gastando pouco?

Veja como mudar o visual de casa com segurança, otimizando recursos

No Brasil, a propensão para reformar e dar uma nova cara aos ambientes domiciliares não é algo novo. Afinal, por mais que a febre por reformas possa aumentar ou diminuir ao longo do tempo, novas tendências e tecnologias são constantemente introduzidas, assegurando que sempre haja demanda por renovações.

A moda da vez parece ser o tipo de reforma em que diferentes espaços se transformam em um só, maior e mais amplo. É o chamado “conceito aberto”, quando grande parte dos ambientes da casa estão integrados em um único espaço, e que está influenciando significativamente as reformas nas residências brasileiras atualmente.

Ainda assim, não importa qual seja a reforma a ser realizada, todas elas, mesmo que mínimas, precisam de um bom planejamento para alcançar o resultado desejado. Além disso, uma boa organização ajuda a evitar as famosas surpresas desagradáveis como a compra de material em quantidades erradas ou os prazos adiados para conclusão das obras.

Neste sentido, Walter José Ferreira Galvão, docente do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, diz que o primeiro passo é procurar um arquiteto para conduzir todo o processo. “Esse profissional deve apresentar, antes do início das obras, o projeto de reforma em todas as suas etapas, e tudo deve ser acompanhado de um planejamento financeiro dos trabalhos, isto é, uma programação de custos e prazos para finalização”, diz.

O docente ainda explica que as etapas da reforma são compostas pelo estudo preliminar, momento em que são definidas as opções estéticas e funcionais do projeto; pelo anteprojeto, responsável pelo detalhamento executivo do estudo preliminar; e, por fim, pelo projeto executivo, que aprofunda o anteprojeto.

Quando perguntado qual é o melhor caminho para economizar durante a reforma, Walter afirma que não há uma resposta geral, uma vez que cada cliente tem necessidades e orçamentos diferentes. “Esta é uma pergunta muito difícil de ser respondida, porém o profissional que irá realizar o projeto de reforma deve conhecer o nível de investimento de cada cliente para balizar todas as suas decisões”, opina.

O docente garante, no entanto, que uma reforma barata não é necessariamente o mesmo que uma reforma econômica. “Algumas vezes, a escolha por materiais baratos pode comprometer aspectos como durabilidade e qualidade. Em adição, existem materiais e equipamentos que obrigatoriamente precisam ser substituídos, tais como tubulações hidrossanitárias, eletrodutos (conduítes) e fios elétricos”, destaca.

Reformas sustentáveis

Em tempos em que a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade estão em alta, a ideia de realizar uma reforma sustentável tem ganhado cada vez mais força.

Para Walter, o simples fato de “reformar” e não “derrubar e construir algo novo” já tem um forte apelo sustentável, uma vez que a construção civil é uma das atividades que mais gera lixo na sociedade. “Reformando você minimiza este fato, pois reduz a geração de entulho de construção a ser descartado”, comenta.

Ainda neste propósito, alguns materiais em particular, segundo o docente, são comumente reutilizados, contribuindo também para diminuir o impacto das obras sobre o meio ambiente. “Materiais de revestimento, luminárias, louças sanitárias, tacos e madeiras de piso, azulejos, e, também, muitas peças de mobiliário, como armários de cozinha e armários embutidos – ainda que precisem ser reparados e atualizados”, exemplifica.

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