SindusCon-SP: haverá desestímulo se o veto presidencial à desoneração da folha for mantido
O ritmo de crescimento do emprego na indústria da construção seguiu desacelerando em outubro de 2023, quando o setor gerou 11.480 postos de trabalho com carteira assinada, aumento de 0,43% em relação ao número de empregados no setor em setembro. No acumulado deste ano, foram 253.876 contratações (+10,49% sobre o contingente de trabalhadores em dezembro). No acumulado de 12 meses até outubro, a construção gerou 156.386 novos empregos (+6,21%).
Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no país resultou na abertura de 190,3 mil empregos em outubro. A construção gerou 6% desses empregos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados em 28 de novembro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, comenta que a desaceleração do ritmo de crescimento do emprego na construção não surpreendeu. Com poucos lançamentos imobiliários, a demanda por mão de obra vem caindo no segmento de edificações, e o maior emprego no segmento de infraestrutura não é suficiente para voltar a acelerar o ritmo de crescimento da construção como um todo.
“Agora surgiu uma nova preocupação, com o veto presidencial à prorrogação, até 2027, da desoneração da folha de pagamentos, que atingiu o setor da construção e mais 16 setores da economia. Se este veto não for derrubado, os custos vão subir e o emprego formal na construção será desestimulado”, alerta o presidente do SindusCon-SP.
Em outubro, a construção foi o quarto setor que mais gerou novos empregos, atrás de serviços (+109.939 trabalhadores), do comércio (+49.647) e da indústria (+20.954). A agropecuária fechou 1.656 postos de trabalho com carteira assinada. No ano, a construção manteve-se em segundo lugar (253.876 postos gerados), atrás de serviços (976.511) e na frente de indústria (251.111), comércio (193.526) e agropecuária (109.608).
Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), foram abertos 201 novos empregos em outubro – aumento de 0,11% na comparação com o número de novos postos de trabalho com carteira assinada em setembro. No acumulado deste ano, foram 4.556 (+2,45% sobre o número de dezembro de 2022). No acumulado de 12 meses até outubro, foram 4.872 (+2,07%).
Estoque
Ao final de outubro, a construção empregava 2.674.610 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged.
Por Estados
Das vagas abertas pela construção em outubro, 5.405 situaram-se no Estado de São Paulo.
Além de São Paulo, os Estados em que o setor mais abriu novos empregos no mês foram: Rio de Janeiro (2.328), Pará (997), Paraíba (946), Ceará (920) e Rio Grande do Sul (900). Houve queda no emprego em Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Roraima, Amapá e Distrito Federal.