Com inovações, prazo de execução da primeira etapa do projeto foi reduzido em quase um mês, garantindo pausa técnica antes do período chuvoso
Os primeiros seis meses de obras da nova pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Macaé (RJ) representaram um marco para o setor da engenharia e construção no país. Responsável pela execução das obras, o consórcio Bem Voar, formado pela Construtora Barbosa Mello (CBM) e pela Engeform Engenharia, apresentou dados que demonstram como a integração de tecnologias ao processo construtivo resultou em melhorias significativas dos indicadores do projeto.
O destaque principal foi a otimização do prazo de execução – algo essencial para esta etapa, iniciada em julho do ano passado. O desafio era executar os geodrenos e em seguida, lançamento de material drenante e grandes volumes de terraplanagem em um curto espaço de tempo, considerando os padrões do setor. Isso porque havia a necessidade de que a finalização ocorresse antes do período mais chuvoso, no início do ano.
De acordo com a CBM, houve um aumento de 15% de produtividade no processo executivo, economia de 27 dias em relação ao processo convencional. Tais resultados são fruto de uma solução de engenharia que integra modelagem BIM 3D dos projetos, o embarque deles nos equipamentos por meio de plataformas de machine control e mensuração de performance por meio de um sistema de gestão de frotas com recursos pioneiros no mercado.
Vale destacar que isso ocorreu em condições limitadas de operação devido ao funcionamento do aeroporto e aos requisitos de segurança específicos. A complexidade da obra se estende também à relevância logística do aeroporto. Ele é o principal ponto de acesso à região de Macaé/RJ e à Bacia de Campos, sendo o maior do mundo em termos de pouso/decolagem de aeronaves de asas rotativas (helicópteros).
As obras estão 50% finalizadas, em pausa técnica, e serão retomadas em março. A previsão de inauguração é março de 2025. A nova pista terá 1.410 metros de extensão e capacidade de receber aeronaves turboélices e jatos, mudando de categoria e sendo essencial para fortalecer a infraestrutura da cidade que atende a dinâmica do mercado de óleo, gás e energia do país.