Programa de Aceleração do Crescimento lançado no final de 2023 prevê aporte de R$ 1,7 trilhão para os próximos quatro anos, sendo R$ 240 bilhões apenas para infraestrutura
O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, anunciado no ano passado, terá R$ 1,7 trilhão para investimentos e inúmeros setores estão otimistas com a possibilidade de os aportes reaquecerem mercados que estavam esfriando ou confirmarem a boa fase daqueles que já estão em alta.
Para Fernanda Braga, gerente administrativa da APAT — Associação de Profissionais de Agrimensura e Topografia, esse movimento é realmente animador, mas não pode ser o único. “Dos R$ 1,7 trilhão, R$ 240 bilhões serão destinados ao setor de infraestrutura nos próximos quatro anos, sendo R$ 60 bilhões por ano, um aumento significativo comparado aos R$ 20 bilhões investidos em 2022, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Entretanto, não podemos parar por aqui. Ainda é necessário que o poder público e a iniciativa privada façam aportes mais significativos para resolver gargalos de infraestrutura em todo o Brasil, não apenas nos grandes centros”, diz.
“Vivemos em um país de dimensões continentais que possui um relevo bastante acidentado, o que amplia a necessidade de realizar continuamente grandes projetos de infraestrutura, construção civil, mobilidade urbana, entre outros. Por isso, é importante ter um olhar atento e buscar soluções para os gargalos que existem há décadas, até porque não se trata apenas de fazer obras, mas de gerar emprego e renda, além da capacitação de profissionais e implementação de tecnologias mais avançadas”, destaca.
Além disso, ainda de acordo com Fernanda, é necessário pensar também em como aportes como esse resultam em obras e estruturas mais seguras para as pessoas e evitam problemas considerados frequentes no país, como deslizamentos, por exemplo. “Por motivos como baixo orçamento e falta de qualidade no serviço, seja na construção ou no monitoramento, temos casos de rompimento de barragens, grandes deslizamentos de terras, afundamento de solos e outros desastres que poderiam ser prevenidos. Isso também precisa ser contemplado no PAC”, finaliza.
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