As enchentes que destruíram 85% do território gaúcho deixarão marcas para sempre. Entre os desalojados, isto é, aqueles que terão para onde voltar quando for mais seguro, estão 538,1 mil pessoas*. Em meio à maior tragédia na história do Rio Grande do Sul, a esperança de voltar para casa pode ser um alento. No entanto, é fundamental estar alerta a cuidados importantes. Veja alguns deles**:
- Certifique-se de que é seguro voltar para casa e que a área foi liberada pelas autoridades locais;
- Fique atento à postes ou fios elétricos que podem estar caídos no entorno da sua residência;
- Evite contato direto com água e lama: proteja-se com luvas, botas e máscaras (se não tiver como, improvise com sacos plásticos);
- Entrando na residência, certifique-se que a eletricidade está desligada;
- Procure manter a residência arejada;
- Esteja alerta para a presença de animais peçonhentos, como cobras, aranhas e escorpiões;
- Faça uma avaliação de móveis e objetos que podem ser recuperados:
- aqueles com superfíceis absorventes devem ser descartados, como colchões e sofás;
- metais e vidros podem ser higienizados com água, sabão, álcool 70% ou solução de água sanitária.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) publicou um PDF que reúne diversos cuidados com a saúde após enchentes. Clique aqui para acessar o Guia Básico com orientações técnicas da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul.
Já a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla) desenvolveu uma cartilha que tem sido relembrada como referência sobre os pontos que precisam de atenção na hora de voltar para casa, garantindo a correta higienização e, sobretudo, a segurança dos moradores.
Iniciativas do CAU/RS
A fim de apoiar a população, bem como elaborar estratégias de médio e longo prazo para atuação de seus profissionais, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) criou o Comitê de Ação pela Reconstrução, formado pelo Conselho, universidades, entidades, governo e municípios. Além disso, foi desenvolvido um questionário que busca mapear a situação de cada arquiteto e arquiteta e urbanista frente às enchentes que assolam o estado. A pesquisa servirá de apoio ao Conselho na orientação de medidas a serem adotadas.