Segmento majoritariamente masculino vem quebrando barreiras e alcançando mais representação feminina
Campinas, junho de 2024 – De acordo com relatório do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o número de profissionais ativos registrados é de 1.065.143, sendo que apenas 208.148 são mulheres, uma porcentagem de pouco mais de 20%.
Em relação à área como um todo, um levantamento realizado pela Catho, marketplace que conecta empresas e candidatos que estão em busca de emprego, mostrou que até maio de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 203% no total de vagas no setor de engenharia.
Na HM Engenharia, tradicional incorporadora e construtora de Campinas – São Paulo, a primeira gerente regional de obras, Taiza de Paula Silva, é reflexo desta evolução no mercado: “Minha paixão pela área começou em 2004, quando trabalhei em uma loja de materiais de construção. Iniciei o curso de engenharia e em 2010 comecei a estagiar. Quando cheguei na HM, fui aos poucos conquistando meu espaço, com muito apoio e incentivo a ocupar cargos de liderança, inspirando outras mulheres. Fui de engenheira para, hoje, gerente regional de obras, com muito orgulho de pertencer a este espaço profissional”.
Taiza relata que ser a primeira mulher gerente de obra é um marco muito importante para a empresa e para o setor como um todo, mostrando como as mulheres podem chegar a posições de liderança e desempenhando o trabalho com excelência, mesmo direto na construção dos empreendimentos.
“Esta função representa não só o compromisso da HM com a diversidade e igualdade de gênero neste segmento que ainda é ocupado por homens em sua maioria, mas também o retrato de que nós, mulheres, estamos ganhando mais reconhecimento. É claro que ainda há muito o que melhorar no mercado, mas estamos no caminho”, complementa a gerente.
Quando se trata de desafios, Taiza pontua que é importante destacar os obstáculos que ainda são enfrentados pelas mulheres, a fim de estimular empresas, governos e sociedade na conscientização de um mercado de trabalho mais justo e inclusivo.
“Estamos muito otimista, mas ainda podemos identificar casos de preconceito, discriminação, diferenças salariais e menos oportunidades de ascensão. São fatores que vamos encontrar no mercado como um todo e que merecem atenção, mas ainda assim vejo que a engenharia tem evoluído significativamente. Podemos ver mais participações femininas, se comparados a anos anteriores, o que corresponde uma maior representação para quem também deseja entrar neste segmento. Junto a isso, a atuação das empresas, com políticas de inclusão, programas de mentorias e ações que combatam a disparidade de gênero são métodos que auxiliam muito nesta luta”, complementa Silva.
Há cinco anos, o número de mulheres na HM Engenharia era de 233, 19,6% do quadro total. Atualmente, o número subiu para 286 (24,44%). Já nas lideranças, em cargos de gestão, coordenação, gerência, direção, presidente e conselho, a participação feminina é ainda mais expressiva, com 47% de participação.
“São muitas as vantagens de se aumentar o número de mulheres no corporativo e nos canteiros de obras. Por aqui, acreditamos na força do processo mais intencional, como adotar práticas de processos seletivos com foco no potencial, na capacitação profissional e no valor que elas podem agregar à empresa para atrair mais talentos. Para quem já faz parte do nosso time, incentivamos diariamente e temos o Empodera, um programa de mentoria para mulheres, onde apoiamos nossas profissionais no processo de desenvolvimento. No momento, o projeto conta com 38 participantes e 14 mentoras”, finaliza Glaucia Moura, Gerente de Gente e Gestão da HM Engenharia.
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