Dezembro, 2018 – O Instituto Argonauta está preparando para amanhã, 19, a soltura de seis pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) que passaram por tratamento no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD), em Ubatuba. Para formar o grupo a ser solto, três indivíduos foram encaminhados pelo Instituto Gremar do Guarujá, um do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPEC) e dois pinguins foram resgatados pelo Instituto Argonauta. Todas essas instituições executam o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), desenvolvido para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental das atividades da Petrobras no Polo Pré-sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama e coordenada pela Univali.
Depois do período de recuperação nos Centros de Reabilitação, em Cananéia, no Guarujá e em Ubatuba, as aves já se encontram reabilitadas e devem ser liberadas na natureza nos próximos dias. “É importante ter as condições climáticas ideais para realizar a soltura dessas aves em alto mar, para que elas possam fazer a viagem de volta a seu habitat, na Patagônia Argentina – de onde migram anualmente, trazidas pelas correntes marítimas em busca de alimento”, afirmou o presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo.
A soltura depende das condições do mar e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) colabora com a ação, ajudando a posicionar o melhor local de soltura de acordo com as imagens de satélite, que mostram a posição da corrente do Brasil onde os pinguins serão soltos com maiores chances de deslocamento para o Sul.
Para obter informações após a soltura, em tempo real de rota e destino desses animais, o Instituto Argonauta instala um transmissor via satélite no dorso de um deles, operado por meio do Sistema Argos. A metodologia de fixação por colagem, do transmissor, foi desenvolvida em parceria com o Aquário de Ubatuba. Todos os testes de fixação por colagem do transmissor foram realizados com êxito no Pinguinário do Aquário. O Instituto Argonauta reabilita pinguins desde sua criação, em 1998.
A equipe do Instituto Argonauta orienta que ao encontrar um animal marinho debilitado, o ideal é não se aproximar, pois, dependendo da espécie, o mesmo pode se tornar agressivo caso se sinta ameaçado. Para ajudar nesse trabalho de encalhes de aves, mamíferos ou tartarugas marinhas ligue para o PMP-BS 0800-6423341 ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12)3833-4863 // (12)3834-1382 (Aquário de Ubatuba) // (12) 38335753 (12) 99705-6506 – WhatsApp.
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Sobre o PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é coordenado pela Univali, e executado pelo Instituto Argonauta na região do litoral Norte paulista.
Fonte: Imprensa/ Aquário de Ubatuba-SP