O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará R$ 500 milhões para ações relacionadas a prevenção, combate e diagnóstico de doenças relacionadas ao mosquito Aedes Aegypti.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 23, em Brasília, durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto, comandada pela presidenta Dilma Rousseff. Também participaram o ministro da Saúde, Marcelo Castro; da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera; da Educação, Aloizio Mercadante; e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
- Anúncio foi feito nesta quarta, 23, pela presidenta Dilma Rousseff, ministros da Saúde, Ciência e Tecnologia e Educação e o presidente do BNDES
- Do total, R$ 350 mi financiarão empresas privadas do complexo industrial da saúde e R$ 150 mi são não-reembolsáveis, para instituições públicas
Do total de recursos, o BNDES tem disponíveis, inicialmente, R$ 350 milhões para concessão de crédito ao setor privado, que poderão ser requisitados pelas empresas do complexo industrial da saúde para desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias para o combate às doenças transmitidas pelo mosquito (zika, dengue e chikingunya). O dinheiro será disponibilizado por meio das linhas e programas tradicionais do Banco, como o Programa BNDES de Apoio ao Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (BNDES Profarma).
Os demais recursos, no valor de R$ 150 milhões, são não-reembolsáveis, provenientes do Fundo Tecnológico – BNDES Funtec, e estão sendo aplicados em duas iniciativas de instituições públicas brasileiras. O primeiro é o desenvolvimento da vacina contra a dengue, que está sendo conduzida pelo Instituto Butantan. Para essa finalidade, o BNDES está disponibilizando R$ 100 milhões em recursos não-reembolsáveis nos próximos dois anos. Parte do montante já está em processo de desembolso, como os que financiaram os ensaios clínicos da fase II, com testes da vacina em seres humanos.
O BNDES também vai aplicar R$ 50 milhões não-reembolsáveis para apoiar o plano de ação contra o zika estruturado pela Fiocruz. O plano prevê recursos para o desenvolvimento de testes sorológicos e moleculares para diagnóstico da doença, realização de pesquisas clínicas, desenvolvimento de modelos de combate ao mosquito e de apoio à pesquisa de medicamentos para o tratamento e de uma vacina contra a doença.
O total dos recursos disponibilizados pelo governo, por meio de crédito reembolsável e não-reembolsável do BNDES e da Finep, e recursos orçamentários dos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, é de cerca de R$ 1,2 bilhão. O BNDES tem condições de ampliar o montante disponibilizado para as ações em curso e para o apoio a novas iniciativas, de acordo com a demanda das empresas e entidades do setor público.
Fonte: Assessoria de Imprensa BNDES