Maio, 2019 – Em 2018, em média, 15 pessoas foram internadas por hora no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência de choques elétricos – muitos deles provocados por instalações mal feitas. Esse número de casos dobrou nos últimos dez anos no país.
Trabalhar ou fazer instalações elétricas sem conhecimento técnico pode ser perigoso, em muitos casos levando o trabalhador a óbito ou provocando incêndios de grandes proporções, como no caso do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e o Museu Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro. Ambos foram provocados por falhas nas instalações elétricas. Recentemente, e ainda sob investigação, a Catedral de Notre-Dame na França sofreu severos danos após um incêndio de mais de 12 horas de duração.
De acordo com a engenheira de Segurança do Trabalho do Grupo A.Yoshii, Larissa Furtado Chionpato, instalações elétricas com dimensionamento inadequado e falta de manutenção estão entre as principais causas de incêndios. “A periodicidade da manutenção deve ser adequada a cada tipo de instalação. Por exemplo, essa periodicidade deve ser tanto menor quanto maior a complexidade da instalação, levando em consideração a quantidade e diversidade de equipamentos, sua importância para as atividades desenvolvidas no local e a severidade das influências externas a que estará sujeita”, ressalta.
Para saber se existe algum problema no sistema elétrico, Larissa explica que é importante observar pelo menos cinco pontos:
1º – se existe superaquecimento de fios elétricos ou tomadas;
2º – o disjuntor desarma no quadro elétrico quando ao ligar um chuveiro, por exemplo;
3º – lâmpadas enfraquecendo quando ao ligar o chuveiro elétrico;
4º – fiações desencapadas/expostas;
5º – ausência de aterramento adequado;
Cuidados
Todas as edificações devem sempre ter suas instalações elétricas e sistemas de proteção executados em conformidade com as prescrições das normas brasileiras oficiais, e as normas da concessionária de serviços locais. Por isso a importância de contratar sempre um profissional legalmente habilitado na área de elétrica para elaboração de projeto.
Segundo a engenheira, em alguns casos, a Norma ABNT NBR 5410 estabelece a obrigatoriedade do uso de dispositivo DR (diferencial-residual de alta sensibilidade) como proteção adicional contra choques elétricos, como nos casos de:
– circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro;
– circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
– circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior;
– circuitos que, em locais de habitação ou em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.
Outro cuidado importante a ser observado é ao adquirir, instalar ou utilizar um novo equipamento elétrico. Nesses, casos é importante verificar sempre se o equipamento não irá sobrecarregar o circuito. Quando faltam tomadas em uma edificação, cuidado também com o uso de T ou réguas de tomadas.
“As tomadas são projetadas para uma corrente específica. Com o uso de T ou régua de tomadas para ligar vários equipamentos em um mesmo ponto, a corrente irá aumentar, podendo ocasionar um superaquecimento”, explica Larissa.
Site: www.ayoshii.com.br
Fonte: Imprensa/ Grupo A.Yoshii