Por Severian Rocha
Julho, 2019 – No Brasil, o acesso ao crédito financeiro nunca foi tarefa fácil e simples. São muitas burocracias, juros altos, taxas elevadas, documentos e garantias absurdas exigidas ao construtor, que acaba engessando o início das obras por mais de 15 meses dados dos estudos realizados pela PwC.
Não poderia dá outra, a reclamação é geral, das médias e pequenas construtoras. Na busca por um caminho diferenciado e sem entraves burocráticos, o mundo digital, tem disponibilizado ao mercado, as Fintechs, que são tecnologias de serviços financeiros focados na aceleração de crédito, seja para médias e pequenas empresas ou pessoas físicas.
O estudo do SEBRAE/ABFintechs comprovou que em 45% das fintechs pelo menos, 30% dos clientes são pequenos negócios. E em 34%, eles são a maioria.
Na busca por novidades para o setor da construção, o portal do Jornal da Construção Civil entrevistou Marco Camhaji, CEO da Adianta que fala um pouco sobre essa nova plataforma de crédito digital. Seguimos:
JCC – O que são Fintechs?
Marco: Fintechs são startups que atuam no entroncamento entre o mundo financeiro e tecnológico. Elas trabalham, basicamente, para inovar e otimizar serviços relativos ao sistema financeiro. O nome surgiu de duas palavras em inglês: “finance” (“finanças”) e “technology” (“tecnologia”). Unindo finanças e tecnologia, cria-se uma fintech.
JCC – Como elas podem serem novas soluções de crédito no mercado financeiro? Se comparado com os bancos tradicionais?
Marco: As fintechs de captação de crédito têm muitas vantagens em relação aos bancos tradicionais. Para começar, elas são muito mais ágeis em suas operações. O investimento em tecnologia também é um diferencial, bem como a comunicação com o cliente – que é muito mais amigável.
JCC – No cenário atual da retração da economia brasileira, o PIB 2019, já foi rebaixado para 0,85% (Banco Central). No início do ano, tínhamos uma expectativa de 2%. Então, como as Fintechs percebem este momento?
Marco: No momento atual do mercado, com baixo crescimento do PIB e índices ainda expressivos de inadimplência, o que normalmente se observa é uma retração do crédito proveniente das instituições financeiras. As fintechs surgem como oportunidade de nova fonte de financiamento para as PMEs, através de um custo de capital competitivo, permitindo o crescimento da atividade das empresas.
JCC – Com dificuldade no crédito para diversos investimentos, as Fintechs podem serem um caminho para construtores financiarem suas obras?
Marco: Com toda a certeza! As fintechs de crédito atuam para auxiliar empresas de diversos segmentos a captar recursos. No caso da Adianta, atuamos com antecipação de recebíveis. Ou seja: caso você tenha um valor para receber futuramente (de duplicatas, vendas a prazo, cheques e carnês, por exemplo), é possível ter acesso ao montante de maneira antecipada com o nosso auxílio.
JCC – Por que seria bom para construtoras médias e pequenas utilizarem as Fintechs?
Marco: Como dito anteriormente, é possível adiantar o recebimento de valores futuros por meio dessas fintechs. A agilidade em toda a operação também é notável, bem como o relacionamento com o cliente, que é muito mais próximo e amigável. A especialidade da Adianta, inclusive, é a antecipação de recebíveis para PMEs.
JCC – É para o empreendedor – MEI, como ele pode acessar as Fintechs?
Marco:: Existem oportunidades para os empreendedores – MEI, que suportam desde a abertura da empresa, manutenção das obrigações fiscais e que auxiliam no processo de bancarização, oferecendo serviços de geração de boletos e disponibilização de máquinas de cartão de crédito. A Adianta pode também ajudar o empreendedor MEI com seu produto de desconto de duplicatas.
Para mais detalhes acesse www.adianta.com.br