Outubro, 2019 – A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) recebeu com preocupação a informação de que o governo federal irá cortar 45% da verba orçamentária para Habitação em 2020. Na avaliação do vice-presidente da área imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci, “o corte, além de aumentar o déficit habitacional e gerar consequências negativas para o país também nas áreas de infraestrutura – água, esgoto e energia – e de cidadania, pode gerar um desemprego muito grande no setor da construção”.
Além do orçamento do governo federal do próximo ano estar 45% menor do previsto para 2019, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) também trabalha com outros ministérios e com a Caixa Econômica Federal na reformulação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O acompanhamento do tema tem inteface com o projeto Melhorias para o Mercado Imobiliário da CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Para Petrucci, parar com o MCMV ou diminuir significativamente o programa é muito ruim. “Não só por imaginar que em 2020 não teremos mais contratações dessas habitações para as famílias com renda de até R$ 1600 de renda, mas porque há mais de 200 mil unidades em construção no país que já sofrem atrasos de pagamento”, aponta.
Para o executivo, que também é presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, o corte – consequência possivelmente da queda dos recursos orçamentários e do teto de gastos fiscais – significa ainda maior dificuldade para o pagamento de impostos, a manutenção de funcionários e o andamento das obras para as empresas que estão fazendo esses empreendimentos.
Veja a íntegra da matéria veiculada ontem (14), na Edição das 18h da GloboNews.
Fonte: Boletim/CBIC