Dezenas de vigilantes realizaram manifestações nas agências bancárias de Maricá na manhã desta quarta-feira (12). A diretoria do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Maricá, São Gonçalo, Itaboraí e Rio Bonito (SVNIT) encabeçou e deu visibilidade às reivindicações dos trabalhadores.
O ato teve por objetivo exigir das empresas, acima de tudo, respeito. “Estamos realizando manifestações em todas as cidades da nossa base territorial. A população precisa saber a covardia que as empresas estão fazendo com a gente. Não vamos permitir que tirem nossos direitos. Não somos escravos, somos seres humanos!”, comentou o presidente do SVNIT, Cláudio Vigilante.
A categoria está sem Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) há seis meses. Ou seja: direitos garantidos, como o vale alimentação, reciclagem do trabalhador e recebimento horas extras a 100%, dentre outros, podem ser perdidos de acordo com os interesses dos empresários.
A proposta de reajuste salarial feita pelos vigilantes é de reposição da inflação mais 100% de ganho real. Como o índice da inflação, em março, era de 4%, os vigilantes pedem a reposição e mais 4% de reajuste real. Além disso, o vale alimentação teria um reajuste de R$ 7 (passando de R$ 22/dia para R$ 30/dia).
Já a contraproposta da classe patronal é absurda. Foi sugerido congelar o vale alimentação e o piso salarial, além do encerramento do plano ambulatorial dos vigilantes.
“Nós queremos dignidade. Queremos um salário decente. Um vale alimentação decente. Sabemos que temos responsabilidades com a greve, mas temos família para sustentar e colocar comida na mesa”, disse Cláudio Vigilante.
Vale lembrar que, apesar das liminares inconstitucionais que retira o direito de greve, o sindicato permanece mobilizado na defesa da classe.
O direito de greve, previsto em constituição, foi quebrado pela justiça ao conceder liminares prevendo efetivo mínimo de 50% e/ou 2 vigilantes em todas as agências bancárias.
A greve dos vigilantes começou no dia 21/07 e segue por tempo indeterminado. O SVNIT aguarda o julgamento do dissídio coletivo de greve pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).