Novembro, 2020 – O Cabíria Festival – Mulheres e Audiovisual é dedicado à produção realizada por mulheres e pessoas de identidades de gênero diversas para promover maior representatividade e diversidade nas telas e atrás das câmeras. Em sua 2ª edição, de 18 a 29 de novembro, o formato será online e totalmente gratuito, com uma programação composta de 35 filmes e 22 microfilmes em exibição, além de debates, oficinas, masterclasses e painéis.
Para participar, basta acessar a programação por meio de cadastro simples nas plataformas Videocamp, para títulos de longas e médias-metragens e Cardume, para os curtas, que terão sessões online seguidas de debate. Painéis, mesas e masterclasses terão lives no Youtube do festival. Para conferir toda a programação é só clicar no site: www.cabiria.com.br
Realizado presencialmente no Rio de Janeiro em sua primeira edição e agora disponível para todo o país no formato virtual, em atenção às restrições sanitárias do COVID-19, o evento promove um encontro entre audiência, cadeia produtiva e cineastas do Brasil e dos países convidados – Alemanha, Argentina, Canadá, Costa Rica e França – em busca de reflexões, ampliação de redes e impulsionamento de talentos.
A partir do tema “Imaginários possíveis, rupturas em processo”, o recorte da curadoria reforça os desejos de compartilhar a diversidade de atuações no audiovisual. A proposta é estimular o rompimento com ciclos históricos de violência e silenciamento de grupos com pouca representatividade no setor – e na sociedade como um todo -, expressando subjetividades e imaginários que se tornam possíveis através das telas. Como uma síntese simbólica do tema, a cineasta homenageada é a Patrícia Ferreira Pará Yxapy, indígena da etnia Mbyá-Guarani, com uma mostra de 11 filmes, incluindo um título no qual é personagem.
O festival é uma expansão do Cabíria Prêmio de Roteiro, que desde 2015 premia histórias escritas e protagonizadas por mulheres. Para esta edição, foram mais de 250 inscrições nas categorias de longa de ficção, argumento infantojuvenil de longa ficção, piloto de série de ficção e documental. As premiadas participarão do Cabíria LAB, entre de 30 de novembro a 5 de dezembro, um ambiente de estímulo ao desenvolvimento das histórias através de consultorias.
Para Marília Nogueira, da Ipê Rosa Produções, e Vânia Matos, da Laranjeira Filmes, realizadoras do festival, o evento reforça a importância não apenas da igualdade de gênero nos espaços de trabalho, mas também a do protagonismo em suas próprias histórias. “No contexto do audiovisual, a iniciativa soma à luta para que mulheres tenham vez e voz ao contar suas vivências, seja escrevendo roteiros, dirigindo projetos ou atuando em personagens de destaque”, afirma Marília. “Já fora das telas, o Cabíria Festival – Mulheres & Audiovisual promove o reflexo desse empoderamento na vida pessoal de cada mulher, incentivando e respeitando seu direito de escolha, suas experiências e demandas”, reforça Vânia.
Além disso, diante dos cortes dos financiamentos públicos e privados à cultura e da constante ofensiva ao setor promovida pelo governo federal, o festival reúne profissionais diversxs para resistir e reagir. A ideia é pensar alternativas para desenvolver projetos, resguardar os empregos gerados pela indústria do audiovisual e manter ofertas de programação para o público.
O Cabíria Festival – Mulheres & Audiovisual conta com uma talentosa equipe de colaboradoras, além de uma rede que reúne 33 parcerias dedicadas a transformar a sociedade num lugar mais diversificado e igualitário. As organizadoras acreditam que, em tempos marcados por profundas crises políticas e de constantes ataques à democracia, é ainda mais vital a união de forças.
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DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO
– Quarta-feira, 18/11, às 20h30m – Evento online de abertura e entrega do Cabíria Prêmio de Roteiro. Em seguida, as estreias da Mostra Homenagem à Patrícia Ferreira Pará Yxapy, disponível durante todo o festival, e do longa documental “Sementes” de Éthel Oliveira e Júlia Mariano (disponível por 24h, no Videocamp); Evento acessível em libras.
– Diariamente, de 19 a 29/11, sempre às 18h, uma dupla de microfilmes da Mostra Imaginários Possíveis será lançada no site Hysteria e do festival. Em parceria com a Hysteria foi feita uma curadoria compartilhada que selecionou 22 microfilmes de todo Brasil, com temáticas variadas.
– Quintas e sábados, 19, 21, 26 e 28/11, sempre às 19h – Sessões gratuitas de curtas online, seguidos de debates, na plataforma Cardume TV;
– Sextas e domingos, 20, 22, 27 e 29/11, sempre às 19h – Debates sobre os longas. Os filmes podem ser acessados gratuitamente na plataforma Videocamp. É importante verificar os períodos de exibição;
– Quinta-feira, 19/11, às 11h – Painel: “Por um Audiovisual Possível”, que reunirá cinco produtoras fora do eixo Rio-SP, como Filmes de Plástico (MG) e Carnaval Filmes (PE), para debater os arranjos criativos do cinema independente. Acessível em libras.
– Quinta-feira, 19/11, às 21h – Apresentado por Telecine e Embaixada da França no Brasil, sessão única, online e gratuita, do filme “Papicha”, no Youtube do Telecine. O premiado filme será o tema da masterclass internacional com a realizadora Mounia Meddour, no dia 20/11, às 11h, também no Youtube do Telecine.
– Terça-feira, 24/11, às 19h – Mesa: “Produção Criativa e Internacionalização” com Elisa Tolomelli (EH! Filmes/BR), Fernanda Lomba (Nicho 54/BR) e Maya Bastian (Canadá), mediadas por Kate Lyra (LATC/BR). Tradução consecutiva.
– Quarta, 25/11, às 19h – Debate especial com a cineasta homenageada Patrícia Ferreira Pará Yxapy que ao lado da realizadora Luz Jachuka Miri (Missiones/Argentina) falará sobre sua filmografia e processo criativo;
– Quinta-feira, 26/11, às 10h30m – Painel: “Políticas e iniciativas de ruptura” que reunirá cinco diferentes iniciativas em prol da igualdade de gênero no audiovisual, entre elas a alemã Pro-Quote Film, a francesa Collectif 50/50 e a brasileira APAN. Acessível em Libras. Tradução consecutiva.
– Sexta-feira, 27/11, às 11h – Apresentado pelo Goethe Institut, a masterclass com a performer e cineasta alemã Nadja Verena Marcin acerca da sua pesquisa que explora a interseccionalidade do feminismo e da arquitetura emocional no audiovisual. Tradução consecutiva.
– Domingo, 29/11, às 19h às 20h – A diretora argentina Andrea Testa (“Niña Mamá”) e a costa-riquenha Antonela Sudasassi (“O Despertar das Formigas”) participarão de um debate ao lado de Viviane Ferreira (“Um dia com Jerusa”). Tradução consecutiva.
– No encerramento em 29/11, às 20h, será lançado o ebook “Mulheres nas telas e atrás das câmeras”, publicação que reúne 14 textos, entre artigos científicos e críticas de filmes, todos assinados por mulheres, brasileiras pensadoras, pesquisadoras, fazedoras e críticas de cinema. Organizado por Danielle Noronha e Maíra Ezequiel, com prefácio da cineasta e pesquisadora Nina Tedesco.
Na área de formação e impulsionamento de talentos destacam-se a oficina de “Crítica cinematográfica” com Flavia Guerra, o workshop “Narrativas Não Ficcionais” com Ana Abreu, os estudos de caso de realities com Maristela Mattos e a masterclass de desenvolvimento de projetos com Raquel Leiko. Atividades com inscrição previa obrigatória até dia 10 de novembro e sujeitas à lotação.
Fonte: Imprensa/Cabíria Festival – Mulheres e Audiovisual