Janeiro, 2021 – Amargando grandes prejuízos há cinco anos no país e num mundo em crise econômica e sanitária, a centenária FORD do Brasil, encerra imediatamente suas unidades fabris nas cidades de Camaçari(BA) e Taubaté(SP), mantendo-se apenas a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda.
No caso, da fábrica da Troller em Horizonte(CE) continuará operando até o quarto trimestre de 2021. Como resultado, a Ford encerrará as vendas do EcoSport, Ka e T4 assim que terminarem os estoques. As operações de manufatura na Argentina e no Uruguai e as organizações de vendas em outros mercados da América do Sul não serão impactadas.
“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global. Vamos também acelerar a disponibilidade dos benefícios trazidos pela conectividade, eletrificação e tecnologias autônomas suprindo, de forma eficaz, a necessidade de veículos ambientalmente mais eficientes e seguros no futuro.”
Navegando nas águas calmas do momento, Argentina e Uruguai serão beneficiadas pelas novas ações comerciais da FORD é, a empresa vai concentrar toda sua produção nesses dois países e alguns outros.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), Claudio Batista, o Claudião, o anúncio da Ford foi feito de forma unilateral, sem qualquer negociação com o Sindicato. “O Sindicato vai fazer toda luta necessária para tentar reverter essa situação.”
A fábrica em Taubaté tem 830 trabalhadores, que contam com estabilidade no emprego até dezembro de 2021, fato ignorado pela Ford em seu anúncio. Segundo o Sindmetau, esse período de estabilidade é resultado dos acordos de redução de jornada e salários firmados durante a pandemia.
“Além de serem muitos pais de família, estamos em plena pandemia causada pela Covid-19. Não podemos aceitar isso”, afirmou o presidente do Sindmetau.
Fonte: Imprensa Ford Brasil/ Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau)