Inadimplência e despesas administrativas caem no trimestre
No primeiro trimestre de 2016, a Caixa Econômica Federal alcançou lucro líquido de R$ 838,7 milhões, aumento de 31,7% se comparado ao trimestre anterior. O resultado operacional no trimestre foi de R$ 385,3 milhões, mostrando elevação em relação aos dois últimos trimestres de 2015.
O índice de inadimplência caiu 0,04 p.p. e encerrou o primeiro trimestre em 3,51%, abaixo da média de mercado, de 3,55%. Em março de 2016, 90,0% da carteira de crédito da CAIXA estava classificada nos ratings de melhor qualidade, de AA-C.
As despesas com provisão para crédito de liquidação duvidosa diminuíram em 24,2% em 12 meses e 3,6% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 3,8 bilhões, refletindo o contínuo aprimoramento nos modelos de riscos e nas políticas de recuperação de crédito.
A margem financeira gerencial atingiu R$ 11,5 bilhões ao final de março de 2016, evolução de 9,9% em relação a março de 2015, impactada, principalmente, pelo aumento nas receitas de crédito em 14,9% e pela redução das despesas de captação em 0,2%, no período de 12 meses.
As ações para racionalização de gastos e aumento da produtividade, iniciadas em 2015, geraram reduções de 3,6% nas despesas de intermediação financeira, 8,1% nas despesas com pessoal e de 2,9% nas outras despesas administrativas em relação ao quarto trimestre de 2015. Com isso, os índices de cobertura de despesas de pessoal e administrativas apresentaram melhoria e aumentaram, respectivamente, 3,8 p.p. e 2,7 p.p. no trimestre, chegando a 106,5% e 67,0%. O índice de eficiência operacional apresentou redução de 0,2 p.p. em 12 meses, alcançando 53,4% ao final de março de 2016.
A ampliação do relacionamento com os clientes gerou aumento de 8,3% nas receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias no primeiro trimestre de 2016, quando comparado ao mesmo período de 2015. Os principais destaques foram as receitas com cartões, cobrança bancária e administração de fundos de investimento, que cresceram, respectivamente, 13,2%, 12,4% e 9,0% em 12 meses.
A carteira de crédito ampla avançou 9,2% em 12 meses e 0,7% no trimestre. O saldo alcançou R$ 684,2 bilhões, representando 21,5% do mercado, aumento de 1,2 p.p. em 12 meses. O crédito habitacional continuou a ser o principal destaque, com ampliação de 9,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015, e de 1,2% no trimestre. A carteira de financiamento imobiliário alcançou saldo de R$ 388,9 bilhões e 66,9% de participação no mercado.
As operações comerciais com pessoas físicas e pessoas jurídicas totalizaram R$ 198,1 bilhões, alta de 3,0% em 12 meses. O destaque foi o crédito consignado, que cresceu 12,1%, fechou o mês de março com saldo de R$ 60,5 bilhões e participação no mercado de 21,7%, ganho de 0.9 p.p em 12 meses.
As operações de saneamento e infraestrutura apresentaram, no trimestre, saldo de R$ 73,1 bilhões, avanço de 21,5% em 12 meses.
O crescimento das operações de habitação, saneamento e infraestrutura e consignado responderam por 94,6% da evolução da carteira de crédito da CAIXA, o que reforça seu perfil de baixo risco.
As captações totais da CAIXA alcançaram saldo de R$ 921,1 bilhões no primeiro trimestre de 2016, com crescimento de 8,2 % em 12 meses, e em volume suficiente para cobrir 134,6% da carteira de crédito. A evolução no saldo foi influenciada, principalmente, pelos acréscimos de 18,3% no CDB, 14,8% nas letras de crédito imobiliárias, 10,9% nas emissões internacionais e 14,9% em Empréstimos e Repasses.
Os depósitos tiveram crescimento de R$ 29,9 bilhões em 12 meses, totalizando R$ 450,3 bilhões em março de 2016. A poupança, com saldo de R$ 238,4 bilhões, continua sendo a fonte de recursos mais importante da CAIXA.
Ao final do primeiro trimestre de 2016, a CAIXA possuía mais de R$ 2,1 trilhões em ativos administrados, aumento de 12,6% em 12 meses e 2,8% no trimestre, impulsionado principalmente pelos ativos próprios, que apresentaram crescimento nominal de R$ 163,1 bilhões e alcançaram R$ 1,2 trilhão, avanço de 15,1%.
Em três meses, a CAIXA injetou R$ 170,3 bilhões na economia brasileira por meio de contratações de crédito, distribuição de benefícios sociais, investimentos em infraestrutura própria, remuneração de pessoal, e destinação social das loterias, entre outros.
A base de clientes da instituição alcançou 83,5 milhões de correntistas e poupadores em março de 2016, alta de 4,6% em 12 meses. A carteira de pessoas físicas atingiu 81,2 milhões, e a de pessoas jurídicas, 2,3 milhões.
Carteira de habitação:
As contratações da carteira de crédito habitacional somaram R$ 15,5 bilhões ao final de março de 2016, dos quais R$ 12,5 bilhões com recursos do FGTS, incluindo subsídios, e R$ 3,0 bilhões com recursos do CAIXA/SBPE, além de R$ 77,1 milhões contratados com outros recursos. A CAIXA continua líder nesse segmento, com participação no mercado de 66,9%.
Crédito comercial:
A carteira de crédito comercial atingiu R$ 198,1 bilhões de saldo e R$ 32,1 bilhões contratados ao final do primeiro trimestre de 2016. As operações com pessoas físicas atingiram saldo de R$ 103,0 bilhões, alta de 5,8% em 12 meses. O segmento de pessoa jurídica totalizou saldo de R$ 95,1 bilhões.
O crédito consignado foi o principal destaque no segmento pessoa física, com volume contratado de R$ 7,0 bilhões e saldo de R$ 60,5 bilhões, crescimento de 12,1% em 12 meses. A participação da CAIXA no mercado de crédito consignado avançou 0,9 p.p. em 12 meses, alcançando 21,7% em março de 2016.
Saneamento e infraestrutura:
As operações de saneamento e infraestrutura, que possibilitam investimentos nas áreas de mobilidade urbana, energia, logística, e saneamento básico por exemplo, alcançaram saldo de R$ 73,1 bilhões, com evolução de 21,5% em 12 meses.
Crédito rural:
O Crédito Rural CAIXA atingiu saldo de R$ 7,2 bilhões no primeiro trimestre de 2016, evolução de 36,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Captações de recursos:
Uma das principais fontes de recursos para o crédito imobiliário, a poupança apresentou saldo de R$ 238,4 bilhões ao final de março de 2016, alta de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A CAIXA permaneceu na liderança do mercado, com 37,0% de participação, ganho de 1,1 p.p. em 12 meses. No final do período, a CAIXA possuía 64,9 milhões de contas de poupança, crescimento de 9,7% em relação a março de 2015.
Os depósitos a prazo somaram R$ 174,1 bilhões ao final de março de 2016, evolução de 17,3% em 12 meses. Os recursos em CDB correspondiam a 63,3% desse total, com saldo de R$ 110,3 bilhões, alta de 18,3% em relação a 2015. Na mesma comparação, os depósitos judiciais aumentaram 15,6%, atingindo saldo de R$ 63,8 bilhões.
As Letras de Crédito Imobiliário alcançaram saldo de R$ 113,3 bilhões, avanço de 14,8% em 12 meses. As Letras Financeiras encerraram março com saldo de R$ 36,2 bilhões.
Benefícios sociais e ao trabalhador:
A CAIXA, como principal agente operador dos programas sociais do governo federal, contribui ativamente para a erradicação da pobreza e para a melhoria da distribuição de renda da população brasileira. No primeiro trimestre de 2016, foram pagos cerca de 42,0 milhões de benefícios sociais, correspondendo a R$ 6,9 bilhões.
O principal programa de transferência de renda, o Bolsa Família, pagou cerca de 39,5 milhões de benefícios no período, totalizando R$ 6,4 bilhões.
Em relação a programas voltados ao trabalhador, a CAIXA foi responsável por realizar 47 milhões de pagamentos de benefícios, que totalizaram R$ 61,3 bilhões. Desse valor, Seguro-Desemprego, Abono Salarial e PIS corresponderam a R$ 17,9 bilhões.
As aposentadorias e pensões pagas aos beneficiários do INSS totalizaram 16,1 milhões, somando R$ 18,0 bilhões.
A arrecadação do FGTS atingiu R$ 18,1 bilhões e os saques, R$ 25,4 bilhões. Em março de 2016, o Fundo era composto por 147,3 milhões de contas.
Rede de Atendimento:
A rede de atendimento CAIXA possui 62,4 mil pontos de atendimento, nos quais foram realizadas mais de 2 bilhões de transações bancárias. São 4,2 mil agências e postos de atendimento, 26,5 mil correspondentes CAIXA Aqui e lotéricos, e 31,6 mil terminais distribuídos nos postos e salas de autoatendimento. A CAIXA conta atualmente com 96,9 mil empregados concursados, além de 14,2 mil estagiários e aprendizes.