A Eletrobras registrou lucro consolidado de R$ 5,7 bilhões em 2021. O resultado foi influenciado, em especial, pela repactuação do risco hidrológico, no montante de R$ 4,2 bilhões, decorrente das resoluções Aneel 2.932 e 2.919, que homologaram a extensão dos prazos de outorgas de diversas usinas hidrelétricas da Eletrobras, pela contabilização do resultado do reperfilamento do componente financeiro da RBSE, no montante de R$ 4,8 bilhões e pelas provisões operacionais.
O resultado, 11% inferior ao de 2020, foi impactado por provisões operacionais, que tiveram aumento líquido de R$ 7,5 bilhões, com destaque para o aumento de R$ 10,8 bilhões relativos ao empréstimo compulsório. Apesar disso, a companhia registrou melhora de 26% da receita bruta, que totalizou R$ 44,4 bilhões. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2021, a Eletrobras é responsável por 28% da geração da energia elétrica do Brasil, com capacidade instalada de 50.515 MW. No segmento de transmissão, a companhia detém cerca de 40% das linhas de transmissão do país.
No quarto trimestre de 2021 (4T21), a companhia apresentou lucro líquido de R$ 610 milhões, influenciado positivamente pelo desempenho operacional da Eletrobras, com destaque para o segmento de geração. Outro destaque positivo do trimestre foi a redução do custo de PMSO (Pessoal, Material, Serviços e outros) em 9%, em comparação com o 4T20. Embora tenha ocorrido uma provisão de R$ 803 milhões relacionada ao empréstimo compulsório, as contingências reduziram R$ 1,6 bilhão no período.
A Receita Operacional Líquida passou de R$ 9 bilhões no 4T20 para R$ 11,5 bilhões no 4T21, um crescimento de 27%, em razão da melhor performance nos contratos bilaterais e maior receita de liquidação junto à CCEE, com destaque para a venda da energia importada do Uruguai. O Ebtida IFRS, no valor negativo de R$ 299 milhões no 4T20, apresentou crescimento para um montante de R$ 2.402 milhões no 4T21.