Dificuldades do setor da construção podem levar ao risco de paralisação de obras nos segmentos de obras viárias e de arte em 23,5% e 22,3%, respectivamente

Desde o ano passado, as construtoras estão enfrentando dificuldades com o aumento dos custos, primeiro, de matérias-primas e agora também com mão de obra. Segundo a coordenadora de Projetos de Construção Civil do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), Ana Maria Castelo, os orçamentos realizados previamente ficaram defasados e, dependendo do tipo de contrato, a obra pode começar a gerar grandes prejuízos e inviabilizar a sua continuidade. “Entre julho de 2020 e julho de 2022, o INCC-DI subiu 31%. O aumento expressivo dos custos em curto período provocou grandes desarranjos organizacionais nas empresas da construção ao atingir contratos em andamento e as obras. Por isso, muitas delas vêm tentando renegociar seus contratos”, explicou a economista.

Em julho desse ano, o FGV IBRE introduziu quesitos especiais na Sondagem da Construção que ajudam a dimensionar a importância da questão e, principalmente, saber se há risco iminente de paralisações em obras. Vale lembrar que o setor da construção tem sido um importante gerador de empregos, contribuindo para a recuperação do mercado de trabalho nos últimos dois anos.

Em resposta à enquete do FGV IBRE, as empresas indicaram:

  • A maioria está tentando renegociar contratos. O percentual mais alto é o das empresas do segmento de infraestrutura para engenharia elétrica e obras de telecomunicações.

Fonte: FGV/IBRE

 

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