Os LLM (Large Language Models) capturam dados na internet usados para formular as respostas e conteúdo solicitados pelos usuários, incluindo textos, fotografias, criações artísticas e vídeos.
Desde que foi lançado, em outubro de 2022, o ChatGPT encantou com a capacidade de gerar conteúdo extenso e diversificado a partir dos “prompts”, mas assustou muitos setores, incluindo a indústria do jornalismo, pelos riscos de propagar fake news capturadas na internet e pelo uso de conteúdo.
A falta de pagamento por esse uso tem sido objeto de diversas ações judiciais contra as empresas donas desses sistemas, como as de grupos de artistas e autores de livros e da agência de fotografia Getty Images.
Segundo o New York Times, o processo não inclui uma demanda monetária exata. O jornal pede que os réus sejam responsabilizados por “bilhões de dólares em danos estatutários e reais” relacionados com a “cópia e utilização ilegais de obras de valor único do New York Times”.
Também exige que as empresas destruam quaisquer modelos de chatbot e dados de treinamento que utilizem material protegido por direitos autorais do Times.
Em sua reclamação judicial, o jornal alega que a Microsoft e a OpenIA afirmam que a Microsoft e a OpenAI defendem a utilização do material do New York Times sob o argumento de “uso justo”, o que permitira usar material protegido por direitos autorais para um “propósito transformador”.
O Times discorda, dizendo que o ChatGPT e o chatbot Bing da Microsoft (também conhecido como “copiloto”) podem fornecer um serviço semelhante ao do New York Times.
Em julho, a agência de notícias americana Associated Press fechou em um acordo com a OpenIA, dona do ChatGPT, para ceder seu conteúdo.
Mas o New York Times diz que não conseguiu negociar um contrato em termos aceitáveis.
Ao anunciar o processo contra o ChatGPT, o jornal disse ter abordado a Microsoft e a OpenAI em abril “para levantar preocupações sobre o uso da sua propriedade intelectual e explorar “uma resolução amigável”, possivelmente envolvendo um acordo comercial e “proteções tecnológicas” em torno de produtos generativos de IA. Mas disse que as negociações “não produziram uma resolução.”
A porta-voz da OpenAI, Lindsey Held, enviou um comunicado a vários veículos de imprensa americanos afirmando que a empresa respeita os criadores de conteúdo e os direitos autorais, e que as conversas estavam “avançando de forma construtiva”.
Mas se disse “surpresa e decepcionada” com o processo aberto pelo New York Times.
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