A segunda-feira (18/07) foi de prestação de contas para o Ministério das Cidades e para a Vice-Presidência de Habitação da Caixa Econômica Federal, diante de uma plateia formada por 220 representantes do setor da construção civil de dez estados do Norte e do Nordeste do Brasil, durante o seminário “Questões Relevantes para o Setor Construtivo”, promovido pelo Sinduscon-PE, em sua sede no Recife.
O evento que teve como objetivo promover a informação e atualização do setor acerca dos investimentos na habitação e na infraestrutura a partir das fontes mais graduadas sobre os dois temas, foi dividido em dois momentos centrais.
Na abertura do evento, Gustavo de Miranda, presidente do Sinduscon-PE, deu as boas vindas aos empresários que foram representando toda cadeia produtiva da construção. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, fez um panorama da construção civil e destacou sua importância para a economia.
Ainda na parte da manhã, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, ministrou a palestra “O desafio de manter programas essenciais para o país”. O ministro apresentou um retrato do andamento de programas desenvolvidos pelo ministério, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), e o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, além da execução orçamentária do Ministério das Cidades para 2016. “A nossa grande missão é salvar esse programa é faremos uma grande discussão sobre isso”, disse Araújo.
Entre as informações abordadas, destacou-se a retomada das obras paralisadas da faixa 1 do MCMV. “Temos 50.100 unidades habitacionais na faixa 01 paralisadas. Não faz sentido contratar novas sem que essas sejam concluídas”, disse. A meta do ministério é que no intervalo de 12 meses sejam entregues todas essas unidades. Para isso serão necessários investimentos da ordem de R$1,8 bilhão.Ainda de acordo com Bruno Araújo e com a secretária Nacional da Habitação, Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves, o programa MCMV está rodando bem nas faixas 02 e 03. “O Minha Casa, Minha Vida não é um programa de governo e sim um programa de Estado, da sociedade brasileira. O governo atual tem a clareza de que é um programa auto-sustentável e financiável, responsável por um retorno social e econômico substancial”, frisou o Ministro.
Na parte da tarde, a palestra ficou a cargo do vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Nélson Souza, assumindo um caráter mais técnico e de trabalho. Souza destacou a retomada dos níveis de confiança na economia, das obras paralisadas, qualidade das obras, potencial da demanda por imóveis e resultados dos Feirões Caixa da Casa Própria.Junto aos empresários, foi categórico: “O item número um hoje na Caixa é não atrasar o pagamento das obras”. De acordo com ele, só no Nordeste são 220 empreendimentos com 38.931 unidades para serem concluídas no MCMV.
Nélson Souza divulgou em primeira mão o baixo índice de inadimplência do programa, que fechou em junho em 1,58%. Destacou que a Caixa tem em mente que além da cobrança, para reduzir ainda mais esse percentual é necessária uma campanha educativa. “Esses beneficiários precisam ser sensibilizados para efetuar o pagamento em dia”, disse.
Sobre o relacionamento com as empresas, lembrou que vivemos hoje um momento atípico. “Criamos uma diretoria (DEREN) só para trabalhar aspectos das situações das empresas, a fim de estabelecer condições para que elas possam cumprir suas obrigações e passarem por essa situação difícil”, informou, se referindo o cenário de crise econômica.
Para o presidente do Sinduscon-PE, Gustavo de Miranda, tratou-se de um dia de trabalho dos mais produtivos e desafiadores para o setor construtivo. “Quando a gente se junta, temos condições de produzir coisas boas”, lembrou. O encerramento do evento foi feito pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC, José Carlos Martins, que passou uma mensagem de otimismo para os presentes. “O Brasil passou por um trauma grande, mas estamos otimistas. Vamos pensar com conservadorismo e cuidado para tomar decisões”, concluiu, enfatizando ainda a boa vontade e trabalho em conjunto da presidência da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades no sentido de retomar os investimentos, para voltar a gerar emprego e renda a partir do setor da construção civil.
Fonte: Boletim CBIC