Brasil
Novembro, 2016 – A concentração das grandes obras de infraestrutura do País nas mãos de um pequeno grupo de empresas – modelo que facilitou uma série de desvios de conduta no relacionamento do poder público com empresas privadas – pode se repetir no médio prazo. O alerta é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. Segundo o executivo, existe hoje um grande risco de que o Brasil retome esse padrão de concentração no novo plano de investimentos em infraestrutura do governo federal. “A diferença é que, desta vez, seriam beneficiadas empresas estrangeiras em vez de grandes grupos nacionais”, afirmou o presidente da CBIC durante o Seminário “Ética e Compliance para uma Gestão Eficaz”, que aconteceu no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, na sede do Sinduscon-Rio. Durante o encontro, Gesner Oliveira, consultor da G.O Associados, e Leonardo Barreto, cientista político – dois dos especialistas responsáveis pela formulação de parte dos documentos do Guia de Ética e Compliance para lnstituições e Empresas da Construção Civil – apresentaram as linhas gerais do tema.
Já o procurador do Estado do Rio de Janeiro, André Rodrigues Cyrino, falou sobre a questão da ética e compliance na construção civil. Diretor de Compliance da Siemens, Reynaldo Goto, apresentou, por sua vez, o programa de compliance da companhia alemã. Promovido pela CBIC e pelo SESI Nacional, o evento dá continuidade ao processo de capacitação dos associados do segmento da construção iniciado em junho. Com a realização pelo Sindicato da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e pelo Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Seconci-Rio), o seminário contou ainda com o apoio da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), do Plano de Amparo Social Imediato (PASI) e da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).
Fonte: Boletim CBIC